Entre em nosso grupo
2
Caso teria acontecido durante a votação da proposta de reforma da Previdência municipal nesta quinta-feira
15/10/2021 às 19:16
Continua depois da publicidade
O vereador do Novo, Fernando Holiday | Zanone Fraissat/Folhapress
Durante a votação da proposta de reforma da Previdência dos servidores municipais de São Paulo, realizada nesta quinta-feira (14), o vereador Fernando Holiday teria sido chamado de "pretinho de merda" por um servidor municipal da Educação Infantil que presta serviços ao gabinete do vereador Toninho Vespoli (PSOL). O presidente da Câmara, Milton Leite (DEM), disse que vai apurar a denúncia.
Continua depois da publicidade
O vereador gravou um vídeo que afirma comprovar a denúncia de injúria racial. O vídeo foi postado pelo político em sua conta no Twitter (veja abaixo):
Ontem na Câmara Municipal enquanto eu discursava a favor da reforma da Previdência um dos sindicalistas me xingou de “pretinho de merda”.
— Fernando Holiday (@FernandoHoliday) October 14, 2021
Já apresentei o vídeo do xingamento à presidência e exigi a identificação do sujeito. Chega da senzala ideológica. Não vai ficar impune! pic.twitter.com/f4WIo5R0mR
Continua depois da publicidade
No vídeo, o assessor acusado de racismo está andando e gritando na galeria da Câmara, enquanto o vereador defendia a proposta de reforma da Previdência. As informações são do G1.
Por sua vez, Vespoli alega que a palavra que o servidor usou teria sido “cretino” e não “pretinho” e apresentou um outro vídeo, sem legenda, para fundamentar a argumentação.
Continua depois da publicidade
A bancada de vereadores do PSOL informou por meio de nota que decidiu “afastar o assessor enquanto ocorrer a apuração dos fatos, reafirmando a necessidade de que seja conduzida uma investigação circunstanciada do caso”.
O texto diz ainda que “No dia seguinte aos fatos, em um julgamento precipitado, o presidente Milton Leite e o vereador Fernando Holiday do plenário da Câmara Municipal ordenaram a prisão de uma pessoa que estava na galeria, acusando-a de ser a mesma da sessão anterior. A prisão só não foi efetuada porque se comprovou que a pessoa cuja prisão foi ordenada sequer estava na galeria no dia dos fatos. O fato demonstra a gravidade de qualquer julgamento precipitado e a necessidade de uma apuração que conte com análise técnica (perícia do vídeo e áudio) para avaliação do ocorrido”.
Diante das duas versões recebidas, o presidente da Câmara, Milton Leite (DEM), anunciou nesta sexta-feira (15) que solicitou a instauração de uma sindicância para analisar os vídeos e determinar o real termo utilizado nos xingamentos. A Secretaria Geral Administrativa da Câmara terá trinta dias para concluir o processo.
Continua depois da publicidade
"As exatas palavras da ofensa não mudam que a fala é uma clara agressão ao vereador Holiday, feita por um funcionário que ganha dinheiro público para trabalhar pelo povo. Se houve ofensa racial é pior ainda. Não admitiremos nada disso aqui nesta Casa", disse Leite.
Além do processo na Câmara, o vereador Fernando Holiday disse que vai abrir um boletim de ocorrência na Polícia Civil para denunciar o suposto crime de racismo. Ele também pretende abrir uma representação na Corregedoria do legislativo, solicitando uma punição ou a cassação do vereador Toninho Vespoli (PSOL).
“A perícia nos vídeos vai esclarecer se houve a ofensa racista. Não havendo, mesmo assim, mesmo assim ele me ofendeu. Um funcionário estava recebendo salário para ofender vereadores da galeria. Aí está, então, uma má utilização do dinheiro público. Houve uma ofensa e o funcionário não recebe salário nessa casa para isso”, afirmou Fernando.
Continua depois da publicidade
E concluiu: “A Corregedoria prevê advertência, suspensão ou cassação. Vou sugerir nessa minha denúncia que seja aplicada a pena máxima, que é a cassação [do vereador], ou, no mínimo, a suspensão [do mandato] por alguns meses”.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade