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Cotidiano

Mulheres são maioria nos ônibus de SP e fazem menos teletrabalho, revela estudo

Estudo da Prefeitura de SP aponta que 57% dos passageiros são mulheres jovens, negras, com ensino médio completo e renda familiar de R$ 2,4 mil

Bruno Hoffmann

27/05/2021 às 11:02

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Ônibus circulando na avenida Paulista, na região central de São Paulo

Ônibus circulando na avenida Paulista, na região central de São Paulo | /Marcelo Gonçalves/Sigmapress/Folhapress

As mulheres são a maioria das pessoas que utilizam ônibus na cidade de São Paulo. É o que aponta pesquisa feita pela SPTrans e divulgada nesta quarta-feira durante o webinar “Maio Amarelo: Gênero, segurança e mobilidade, o quarto da série “Ruas mais seguras e acessíveis: Os novos rumos da mobilidade”, realizado pela Prefeitura de São Paulo.

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O estudo “Pesquisa de Hábitos e Intenções de Uso no Pós-Pandemia” apontou que 57% dos passageiros são mulheres jovens, negras, com ensino médio completo, com ocupações no setor do comércio e renda média familiar de R$ 2,4 mil, da classe C.

A pesquisa, feita pela SPTrans entre setembro e outubro do ano passado com cerca de 600 passageiros do sistema municipal, mostrou ainda que para 70% dos passageiros de ônibus da cidade o trabalho tem de ser realizado presencialmente.

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Para Luciana Durand,  coordenadora do Grupo de Trabalho de Ações Contra Violência de Gênero, Raça e Diversidade na Mobilidade Urbana da SMT, o levantamento revelou que o transporte público continuará sendo utilizado especialmente por mulheres.

“O que percebemos é que a grande maioria não possui carro nem motocicleta e dos que possuem, a maioria são homens. O mais importante é que os que não possuem não pretendem comprar após a pandemia. Isso demonstra que, embora neste momento de calamidade, de emergência, houve migração dos homens para o carro e moto e uma pequena migração entre mulheres para andar a pé ou de aplicativo, a pesquisa demonstra que a grande intenção é de permanecer no transporte público que continuará sendo utilizado especialmente por mulheres. Por isso, nosso olhar, e nossas políticas, têm que continuar sendo ainda mais efetivas para esse público”, disse Luciana.

O estudo foi realizado pela Prefeitura de São Paulo por meio da Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes, e pela Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária Global, por meio da Vital Strategies.

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