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Cotidiano

Dono da cachorra Pandora pede indenização de R$ 320 mil à empresa aérea

A Gol alegou, ao longo do período em que o animal ficou desaparecido, que a caixa de transporte foi roída pela própria cachorra

08/02/2022 às 12:21  atualizado em 08/02/2022 às 12:22

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Cachorra Pandora e seu tutor, Reinaldo

Cachorra Pandora e seu tutor, Reinaldo | Reprodução/Redes sociais

O tutor da cachorra Pandora, que desapareceu durante uma conexão no Aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo, pediu por meio de um processo legal na Justiça paulista uma indenização no valor de R$ 320 mil à companhia aérea Gol. O animal foi extraviado e ficou desaparecido por 45 dias.

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O dono da cadela, o garçom Reinaldo Branco Bezerra Junior, afirma que a indenização visa cobrir não só os custos incorridos no processo de busca de Pandora na região do aeroporto, mas também pelos danos emocionais causados pelo estresse durante o desaparecimento.

No dia 15 de dezembro, Reinaldo e Pandora desembarcaram no Aeroporto de Guarulhos para fazer uma escala que fazia parte do voo que decolou de Recife e tinha como destino final a cidade de Florianópolis, Santa Catarina. Foi quando ele foi avisado pela Gol que sua cachorra havia desaparecido.

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Pandora está com problemas sérios de saúde relacionados à desnutrição causada pelo período pelo qual ficou desaparecida na região do aeroporto. Ela está internada em um hospital veterinário na Grande São Paulo e ainda não tem previsão para voltar para casa. O texto conta com informações do g1.

A companhia aérea Gol afirmou que o motivo do sumiço do animal estava atribuído à caixa de transporte, alegando que a cachorra roeu a porta do material de transporte e saiu pelo terminal 3. Posteriormente, a empresa mudou a versão da justificativa e disse que a caixa se abriu pela força que a cadela exerceu sobre a abertura principal da caixa.

Imagens gravadas por câmeras de segurança do local mostram Pandora circulando pela área do terminal no mesmo dia em que a conexão ocorreu, em dezembro. Somente no final do mês seguinte, após ter espalhado cartazes e buscado cansativamente por sua companheira, é que Reinaldo encontrou a cachorra.

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Além de todo o estresse emocional causado, Reinaldo afirma ainda que perdeu uma oportunidade de emprego que teria conseguido na Suíça, onde trabalharia como chapeiro junto com seu primo.

Pandora foi encontrada por um eletricista que trabalha na empresa GRU Airport, que presta serviços para o aeroporto. A delegada Regina Campanelli, que cuida do caso, afirma que houve "negligência da Gol durante o transporte e buscas pela cachorrinha".

“Ficou claro que houve uma negligência da companhia em adotar os cuidados necessários no manuseio daquela caixa. Inclusive quando ela escapou, de algum funcionário ter a capacidade de encontrar a Pandora e trazer ela novamente para o interior do aeroporto”, afirmou a delegada.

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A Gol afirma que gastou R$ 25 mil contratando duas empresas que trabalharam nas buscas pela cachorra. O processo corre na Justiça de São Paulo.

“[A Gol] alega ter contratado duas empresas para auxiliar na busca e que, ainda que exista monitoramento, a cadelinha fugiu. Sustenta que já arcou com mais de R$ 25.000 na busca, portanto, não mediu esforços e que, após tantos dias, as chances de localização são menores. Apesar dos métodos empregados, as chuvas constantes na região diminuíram a possibilidade de os cães localizarem a cadelinha, portanto, do ponto de vista técnico, mostrava-se desnecessário que os autores permanecessem em São Paulo tentando localizar, eles próprios, o animal desaparecido”, escreveu a juíza da 5ª Vara Cível de São Paulo.

A concessionária que administra o Aeroporto, a GRU Airport, chegou a pedir segredo de justiça para o processo, devido a grande repercussão do caso, mas o pedido foi negado pela juíza Juliana Pitelli da Guia.

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“O sigilo buscado pela re GRU, interessada no resguardo do interesse publico e segurança nacional deve limitar-se, unica e exclusivamente, as imagens das câmeras e, para tanto, e absolutamente desnecessário, se não indevido e desproporcional, a tramitação do processo em si sob segredo. Ate porque, as imagens das câmeras sequer estão sendo anexadas ou juntadas aos autos, mas sim disponibilizadas pela concessionaria ao autor mediante acesso ao próprio local”, escreveu a magistrada.

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