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Cotidiano

Djokovic permanece na Austrália após vencer disputa judicial no País

Tenista número um do mundo voltou a treinar na manhã desta segunda

10/01/2022 às 20:49  atualizado em 10/01/2022 às 20:58

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Tenista foi barrado no aeroporto

Tenista foi barrado no aeroporto | Marco Alpozzi/Folhapress

O número um do mundo no tênis masculino, Novak Djokovic, publicou no Twitter uma foto sua treinando na Arena Rod Laver de Melbourne, horas após vencer uma disputa na Justiça nesta segunda-feira (10) para permanecer na Austrália.

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A disputa sobre sua dispensa médica para não cumprir as exigências de vacinação contra a Covid-19, no entanto, pode não ter acabado, uma vez que o governo australiano disse que ainda está considerando outra medida para deportá-lo.

"Estou satisfeito e grato que o juiz anulou o cancelamento do meu visto", escreveu Djokovic no Twitter. "Apesar de tudo o que aconteceu, quero ficar e tentar competir no Aberto da Austrália." 

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Mais cedo, o juiz Anthony Kelly concluiu que a decisão do governo federal australiano na semana passada de revogar o visto do tenista sérvio não era "razoável" e ordenou sua liberação.

"Novak está livre e apenas um momento atrás ele foi para a quadra de tênis treinar", disse o irmão de Djokovic, Djordje, em coletiva de imprensa familiar em Belgrado. "Ele está lá para estabelecer outro recorde."

Djokovic, que chegou à Austrália na semana passada para tentar seu 21º título de Grand Slam no Aberto da Austrália, que começa dia 17 de janeiro, passou o dia nos escritórios de seus advogados.

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O porta-voz do ministro da Imigração, Alex Hawke, disse que o ministro avalia utilizar seu poder pessoal para revogar novamente o visto de Djokovic.

A batalha de Djokovic tem sido acompanhada de perto em todo mundo, criando tensões diplomáticas entre os governos de Camberra e Belgrado, e provocando um debate acalorado sobre as regras nacionais de vacinação na Austrália.

O presidente do Parlamento sérvio, Ivica Dacic, disse que está preocupado com a possibilidade de Hawke deportar Djokovic, uma medida que impediria a entrada do atleta de 34 anos no país por três anos.

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"O processo deveria ter sido encerrado quando a corte decidiu a matéria", afirmou Dacic, um ex-ministro de Relações Exteriores, ao canal de televisão sérvio Happy TV. "Isso desafia o bom senso."

Kelly também ordenou que o governo federal pague os custos legais de Djokovic, que passou vários dias detido em um hotel da Imigração, apontando que seus advogados argumentaram que "sua reputação pessoal e profissional e seus interesses econômicos podem ser diretamente afetados".

As notícias da decisão foram recebidas com comemorações barulhentas, com cerca de 50 torcedores batendo tambores e dançando, muitos deles enrolados na bandeira sérvia, do lado de fora do tribunal em Melbourne.

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"Foi uma noite sem sono para a família", afirmou o irmão de Djokovic, Djordje Djokovic, ao canal de televisão TV Prva, de Belgrado. "Novak mostrou sua perseverança e sua confiança em si mesmo. Ele mostrou que é um grande homem."

No entanto, Djordje Djokovic afirmou que sua família ainda está preocupada com a possibilidade de seu irmão ser detido e deportado da Austrália.

O tenista espanhol Rafael Nadal classificou o drama em torno de Djokovic, que marca os preparativos para o Aberto da Austrália como "um circo".

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"Não importa se eu concorde ou não com Djokovic em algumas coisas, a Justiça falou e disse que ele tem o direito de participar no Aberto da Austrália, e eu penso que essa é a decisão mais justa", afirmou Nadal à rádio espanhola Onda Cero.

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