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Cotidiano
O pedido foi feito por uma carta, que afirma que entidade falhou na proteção às mais de 200 vítimas dos crimes de abuso sexual cometidos por Larry Nassar, ex-médico da equipe americana.
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A ginasta Simone Biles. | Tokyo 2020/site oficial
Algumas das principais ginastas americanas dos últimos anos, entre elas Simone Biles, enviaram uma carta ao Congresso dos EUA nesta quarta-feira (13) com pedido de dissolução da diretoria do Comitê Olímpico e Paralímpico do país (USOPC).
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De acordo com o grupo, que também inclui McKayla Maroney, Aly Raisman e Maggie Nichols, a entidade falhou na proteção às mais de 200 vítimas dos crimes de abuso sexual cometidos por Larry Nassar, ex-médico da equipe americana.
Para elas, ações anteriores do USOPC demonstraram relutância em "confrontar problemas endêmicos com abusos" enfrentados pelas vítimas e uma recusa de buscar reformas no "quebrado" sistema olímpico.
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"A diretoria do USOPC não tomou nenhuma ação investigativa depois de saber que Nassar era um agressor. Fazemos esse pedido após anos de paciência, deliberação e compromisso não correspondido para aprender com nosso sofrimento e tornar o esporte seguro para as gerações futuras", escreveram.
As quatro estiveram entre as dezenas de vítimas que se manifestaram contra Nassar, condenado a até 175 anos de prisão em 2018.
O USOPC defendeu sua forma de lidar com o caso. "A carta endereçada ao Congresso ressalta sua preocupação e reconhecemos a bravura das atletas sobreviventes que continuam a apresentar essas questões", disse o comitê em um comunicado enviado à Reuters. "A carta faz referência a questões que o USOPC tem abordado por mais de dois anos - e o trabalho que continuamos a fazer todos os dias."
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O USOPC também disse que "implementou as reformas de governança mais abrangentes em quase duas décadas" e está "totalmente comprometido em lidar com o abuso sexual em todos os níveis do esporte".
A carta das atletas foi endereçada aos senadores Richard Blumenthal e Jerry Moran, responsáveis por um projeto de lei aprovado no ano passado que dá ao Congresso o poder de dissolver a diretoria do comitê em determinados casos.
Em resposta, Blumenthal declarou que o Congresso deveria "desenvolver procedimentos para indicar uma nova diretoria antes de dissolver a antiga", que precisariam ainda ser aprovados pela Câmara e pelo Senado.
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"Esperamos continuar nosso trabalho juntos para garantir que o USOPC seja considerado responsável pelas falhas do passado", disse.
No mês passado, as ginastas compareceram a um painel do Senado, em que criticaram o FBI por não investigar o assunto adequadamente.
O Departamento de Justiça dos EUA abriu no início deste mês um novo inquérito para apurar as falhas do FBI em sua investigação sobre Nassar.
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