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Cotidiano
Dupla chegou em terceiro na regata da medalha disputada nesta terça (3) e ficaram com o ouro, repetindo o feito da Rio 2016
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Martine Grael e Kahena Kunze se sagraram bicampeãs olímpicas | Jonne Roriz/COB
Martine Grael e Kahena Kunze são bicampeãs olímpicas. A dupla brasileira chegou em terceiro na regata da medalha da classe 49erFX disputada nesta segunda, 2, ultrapassou o barco o holandês que havia ficado na frente delas na fase de classificação no critério de desempate e conquistaram o ouro nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, repetindo o feito do Rio 2016.
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O Brasil soma agora 12 medalhas no Japão, sendo três de ouro, três de prata e seis de bronze. Já a vela brasileira tem oito ouros, três pratas e oito bronzes, totalizando 19 medalhas olímpicas na história. A dupla se igualou a Adhemar Ferreira da Silva, lenda do salto triplo, e a Sheilla, Jaqueline, Fabi, Fabiana, Paula Pequeno e Thaisa, do vôlei, como únicos bicampeões olímpicos brasileiros em Jogos seguidos. Além disso, entram num seleto grupo de 15 atletas com dois ouros em torneios olímpicos, que incluía apenas dois velejadores: Torben Grael e Robert Scheidt.
"É uma honra estar no mesmo patamar de nomes que fizeram a história do esporte olímpico brasileiro. Ainda não caiu a ficha. Ter o Robert aqui mostrou pra gente que não tem idade, se você tem vontade, se você está preparada para aquilo, você pode fazer. A gente não começou bem a nossa semana, mas fomos indo, batalhou cada regata e mostrou que a gente conseguiu chegar ao objetivo", disse Kahena.
"A gente ter o Torben e o Robert aqui é ainda mais emocionante porque, para mim, eles são nossos ídolos. Ter eles aqui e ser bicampeã olímpica é indescritível", completou Martine.
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Campeãs olímpicas na Rio 2016, Martine e Kahena chegaram à medal race na segunda colocação, com 70 pontos perdidos, atrás das holandesas Annemiek Bekkering e Annette Duetz têm o mesmo total, mas vencem no critério de desempate, depois das 12 regatas disputadas na pequena ilha de Enoshima. A dupla brasileira, que já havia vencido o evento-teste dos Jogos no local, o mesmo dos Jogos Olímpicos Tóquio 1964, terminou a regata decisiva na terceira posição, mas à frente das principais rivais graças a uma estratégia inusitada.
“Eu dei uma olhada no píer onde o pessoal estava torcendo, antes da gente descer com o barco e vi que tem uma diferença de corrente bem grande. Eu sou do Rio, de Niterói, conheço bem a baía de Guanabara, e sabemos que uma diferença de corrente favorece um lado ou outro. A gente não tinha uma estratégia certa de um lado ou outro, ia depender de como as adversárias estariam, mas a gente queria largar livre para poder velejar. A gente conseguiu dar uma largada apertada no começo, posicionamos na linha há poucos segundos da largada, mas conseguimos ir bem livre na direita e acho que ter ido rápido e livre foi a chave hoje porque estava com pouco vento. Se você fica no bolo acaba não tendo muito o que fazer", contou Martine.
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