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Cotidiano

Morre menino de 4 anos que foi espancado por casal em Cotia

Guillermo, chegou a ficar dois dias internado com múltiplas lesões; casal foi preso

09/02/2022 às 10:17

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Vizinhos ouviram os barulhos das agressões

Vizinhos ouviram os barulhos das agressões | /Reprodução/Record TV

Depois de ficar dois dias internado no Hospital Regional de Cotia, na Grande São Paulo, devido a um quadro de múltiplas lesões, Guillermo Antonio Ramos de Campos, de 4 anos, morreu nesta terça-feira (8). O menino foi espancado por um casal, que foi preso. A mãe de Guillermo ainda não foi localizada para prestar depoimento sobre o que aconteceu.

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O casal suspeito das agressões, uma mulher de 19 anos, amiga da mãe, e o marido dela, de 22 anos, moram em uma casa na rua Juiz de Fora, no bairro Parque Turiguara. Na parte superior do imóvel mora uma vizinha que ouviu os barulhos das agressões.

Foi durante à noite que a moradora escutou gritos da criança e barulhos na casa onde o casal cuidava do menino. Ela chegou a receber uma ligação, por volta das 22h, na qual a suposta agressora perguntou se ela tinha gelo e por isso decidiu ir até a casa de baixo. Quando chegou, viu que o garoto estava desacordado.

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Ela socorreu a criança com a ajuda de um outro vizinho e o levou até o Hospital Regional de Cotia. Guilhermo estava com diversos ferimentos pelo corpo e, ao chegar à unidade, a equipe médica acionou a Polícia Militar por suspeitarem de crime contra à criança.

O que diz o casal

De acordo com o boletim de ocorrência, o casal afirmou que o menino estava com eles há cerca de três semanas e que a mãe o havia deixado sob os cuidados da dupla já com vários hematomas.

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Eles alegam que o menino teria caído duas vezes e batido a cabeça. A vizinha teria chegado após a segunda queda e por esse motivo ele teria sido encontrado sem consciência.

A polícia ouviu também outros vizinhos que revelaram que a mãe de Guilhermo é usuária de drogas e que costuma deixa o filho com a dupla.

Agressões

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Segundo a Polícia Militar, o quadro de saúde do garoto era grave no momento da chegada ao hospital. Ele possuía escoriações antigas e recentes no rosto, braços, perna e joelho. Além de edema e lesão no pênis e no quadril.

Durante o período de internação o menino teve uma parada cardiorrespiratória e chegou a ser reanimado, mas não respondia aos estímulos.

A vizinha lembra que a criança não via a luz do sol nem brincava e ficava trancada na cozinha e no banheiro da casa. A casa onde ele estava com o casal tinha as janelas, cortina e portas estavam sempre fechadas e estava sempre com som alto. Ainda assim, ela afirma que era possível ouvir quando batiam a cabeça dele, além de outras agressões.

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Uma gravação de áudio obtida pela "Record TV" revela ameaças de surra feitas pela mulher indiciada à criança: "Eu vou te dar uma surra, olha pra mim, vou te sangrar, você tá ouvindo? Limpa esse chão logo, vai! Vai lavar tudo, você vai ficar de castigo, você tá me ouvindo?".

O casal foi preso e levado à DDM de Barueri, onde prestaram depoimento. Posteriormente, o caso foi encaminhado e registrado como tentativa de homicídio na DDM de Cotia.

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