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Cotidiano
Vitória Silva estava no mar da praia do Pequerê, em Guarujá, junto com o namorado, quando desapareceu
09/02/2022 às 11:08 atualizado em 09/02/2022 às 11:09
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Foto foi tirada momentos antes da adolescente desaparecer | Arquivo pessoal
Uma adolescente de 14 anos morreu após ter desaparecido no mar de uma praia em Guarujá, no litoral paulista, no último domingo (6). O corpo dela foi encontrado na terça-feira (8) e segundo a família já estava em estado de decomposição. Ao saber da notícia, a mãe da jovem se desesperou e chegou a passar mal com a notícia.
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Vitória Silva havia ido à praia Perequê com o namorado e parentes para passar o domingo. Depois de entrarem no mar, o casal foi puxado por uma corrente e começou a se afogar. Ao ver o desespero da dupla, o pai do rapaz tentou salvá-los, mas conseguiu apenas resgatar o filho.
O corpo da adolescente foi encontrado a cerca de 15 quilômetros do local onde desapareceu, segundo informações do Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar), na praia de Camburi. A equipe de resgate levou o corpo de volta à praia onde estava o namorado e o padrasto da vítima, que reconheceram que se tratava de Vitória.
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A mãe da jovem, a comerciante Izonaide Maria da Silva, de 38 anos, disse ao portal "g1" nesta quarta-feira (9) que não teve coragem de ver o corpo da filha. Segundo ela, a adolescente teve de ser reconhecida por meio do biquíni, do aparelho que usava nos dentes e do cabelo.
Assim que recebeu a notícia de que a filha havia desaparecido no mar, Izonaide começou a se sentir mal e lembra que "primeiro, foi um desespero total. Depois, achei que era brincadeira. Depois, fiquei sem reação, estava em choque. Foi um desespero muito grande, uma dor que eu não quero sentir nunca mais na minha vida. Eu tenho problema de pressão, passei mal". A mãe conta que precisou tomar um remédio e foi para a cidade de Guarujá.
"A Vitória foi um anjo que Deus colocou na minha vida e levou. A Vitória foi a pessoa que mais me amou no mundo. A filha mais carinhosa que uma mãe poderia ter foi a Vitória comigo. Ela tinha um carinho muito grande por mim, um amor muito grande. Ela acordava de manhã e, todos os dias, ia no meu quarto para ver se eu estava lá. Vai ser muito difícil", diz Izonaide que também é mãe de outros quatro filhos.
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"O sogro da Vitória chegou chorando, e disse que o corpo estava muito feio. Eu falei que não queria ver. Meu marido foi lá com o namorado dela, mas disseram que estava quase irreconhecível, em decomposição, e muito inchada. Ficaram na dúvida se era ou não, mas reconheceram pelo biquíni, pelo cabelo e pelo aparelho. O resto não reconheciam mais", acrescentou a mãe.
O corpo da adolescente deve ser sepultado nesta quarta, no Cemitério da Paz, no bairro Jardim Irene, em Embu das Artes (SP). "A gente optou por um velório só de uma hora, porque tudo isso já foi muito desgastante. Muito sofrimento, desde domingo. O caixão vai ter que ser lacrado. Mas, temos que nos despedir. A gente foi tão pega de surpresa que não tinha dinheiro nem para sepultar minha filha. Fizemos uma arrecadação e conseguimos uma boa quantia. O pessoal foi solidário. Eu vou dar um enterro digno para ela, graças a Deus", concluiu a mãe.
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