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Cotidiano

Covid: internações desaceleram e taxa de transmissão tem estabilidade em SP

Estudo dos índices mostra que o cenário pandemia apresenta melhoria, mas ainda é preciso cautela

07/02/2022 às 13:50

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Hospital Profª Lydia Storópoli em São Paulo destinado 
para atender os moradores contaminados pelo coronavírus

Hospital Profª Lydia Storópoli em São Paulo destinado para atender os moradores contaminados pelo coronavírus | /Edson Lopes Jr/Secom

Depois de uma alta de contaminações causada pela variante ômicron, o cenário da pandemia de Covid-19 no estado de São Paulo começa a mudar de curso, de acordo com um levantamento feito pelo Infotracker — plataforma de monitoramento de dados da USP e da Unesp.

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A variação de internações causadas por coronavírus, apesar de continuar em um patamar alto, tem apresentado uma desaceleração no mês de fevereiro, em relação ao mês passado. Além disso, a taxa de transmissão (Rt) apontou para uma estabilidade, no mesmo período.

Os dados do estudo apontam que:

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  • Até o dia 13 de dezembro de 2021, a variação de novas internações por Covid-19 estava abaixo de 0% (-0,3%);
  • A partir do dia 14 do mesmo mês, o índice subiu para 4,65% e seguiu aumentando;
  • Houve um pico na taxa de internações em 14 de janeiro, com 53,6%.

Em 1º de fevereiro este índice ficou abaixo de 0% novamente, após uma série de quedas ao longo do mês de janeiro. Na quinta-feira (3), chegou a ficar negativo, com -9,4% — nível semelhante ao mês de dezembro de 2021. O texto conta com informações do Uol, que encomendou o estudo à Infotracker.

Outro dado que apresentou melhoria foi o número total de pessoas internadas por dia que também teve leve queda nos últimos dias. O pico, até o momento, foi em 29 de janeiro, com 11,5 mil pacientes internados. Na última quinta, haviam 11,2 mil pessoas nesta situação.

Também em desaceleração está a taxa de transmissão (Rt). O levantamento aponta que:

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  • O índice passou de 1,00 em 8 de janeiro (1,02) e segue em ascensão. Mas, na última semana, em ritmo menor;
  • Entre 1º e 3 de fevereiro, a taxa subiu de 1,85 a 1,87. Significa que de 100 pessoas infectadas transmitem a doença para outras 187.

O índice de 0% - ou menor - na taxa de internações reflete o ritmo com que as pessoas estão sendo internadas nos últimos 14 dias — a conta é feita comparando o total de internações dos últimos sete dias com o dos sete dias anteriores. Se o resultado é maior que 0%, significa crescimento nas internações. Se está negativo, indica uma queda em relação à semana anterior.

'Luz no fim do túnel'

O epidemiologista Paulo Menezes, coordenador do Comitê Científico da gestão João Doria (PSDB), diz que o cenário ainda é delicado e as medidas sanitárias devem permanecer sendo utilizadas. Mas ele confirma que os dados indicam que há uma provável melhoria no cenário.

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"Os indicadores mostram que, a partir do meio de dezembro, temos um ritmo de subida cada vez mais rápido, que atinge o pico no fim de janeiro. Agora, está indicando uma redução", diz o médico.

"Embora a situação sanitária ainda esteja crítica, em algumas regiões é possível visualizar os primeiros sinais de perda de fôlego da doença", diz Wallace Casaca, um dos coordendores do Infotracker. "Isso não significa que a situação esteja sob controle, em vista do elevado patamar em que os contágios e as internações se encontram, similar a janeiro de 2021, mas já é possível observar uma luz no fim do túnel se formando."

O também médico e infectologista Benedito Fonseca, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (SP), acredita que, apesar de as infecções estarem diminuindo, o sistema de saúde ainda trabalha sob pressão.

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"Aqui em Ribeirão Preto, nossas enfermarias estão lotadas e estamos abrindo novos leitos. Nós esperamos o que observamos em outros países: uma alta taxa de transmissão com aumento do número de casos, mas que tende a ter uma descendência mais rápida", diz.

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