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Cotidiano
Os vírus que atacam o sistema respiratório fazem mais pessoas procurarem os hospitais, explica o Secretário Estadual da Saúde
20/12/2021 às 20:59
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Número de internações cresce em São Paulo | /Divulgação Ministério da Saúde
O número de internações por suspeita de Covid-19 manteve crescimento acentuado no estado de São Paulo, sobretudo na Capital. O último relatório do governo João Doria (PSDB) aponta que o território paulista tem mais de 2,2 mil pacientes internados, sendo 880 deles em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), o que corresponde a cerca de 40% dos casos.
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Com 378 novos registros por dia, a média móvel de novas internações provocadas pelo novo coronavírus ou por suspeita da doença mostra cenário de preocupação nos hospitais nesta segunda-feira (20). Isso significa que houve aumento de 32,6% nas internações em comparação com o índice de duas semanas atrás, quando o registro era de 285 internações diárias.
Mesmo assim, de acordo com especialistas, o patamar ainda é baixo se comparado ao que foi observado no auge da segunda onda da Covid-19. O estado chegou a registrar média diária de 3,4 mil novas internações naquela época. O texto conta com informações do g1.
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Esse aumento de internações é puxado justamente pelos casos da Capital, conforme explica o professor Renato Coutinho, da Universidade Federal do ABC e membro do Observatório Covid-19 BR.
“A gente vê um aumento de hospitalizações no município de São Paulo que coincide com a entrada da ômicron. A gente não tem como afirmar com certeza que esse aumento é devido à ômicron, porque pode ser também influenciada também pela Influenza, pode ter outros fatores também. Tem mais gente se aglomerando, mas é evidência forte que isso pode estar acontecendo já”, explicou.
Síndrome gripal
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Um dos hospitais que são referência no tratamento de Covid-19 na zona leste, o Hospital Tide Setúbal, informa que ainda não ocorreu nenhuma internação de paciente infectado com a variante ômicron da doença.
No entanto, a unidade observou um aumento expressivo no número de crianças e adultos com problemas respiratórios não relacionados ao coronavírus.
De acordo com funcionários do hospital, ocorrem cerca de 250 atendimentos por dia para este tipo de enfermidade, sendo que 60% deles são de crianças.
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Vírus da gripe como o H3N2, podem explicar esse aumento de ocorrências. Segundo o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, os vírus que atacam o sistema respiratório fazem mais pessoas procurarem os hospitais.
"Tanto o vírus da gripe quanto os vírus respiratórios e os vírus do resfriado comum acabaram fazendo com que muitas pessoas, especialmente da faixa etária pediátrica, procurassem os pronto-socorros, e precisando de internação. Nós não tivemos nesse contingente todo de mais casos de coronavírus, principalmente [casos] da variante ômicron circulando na nossa população" (Jean Gorinchteyn, Secretário Estadual da Saúde)
O secretário completa explicando que “Talvez isso já possa estar acontecendo com quadros muitos leves, frente à vacinação não fazem quadros mais expressivos, com quadros respiratórios como vimos no ano passado”.
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