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Cotidiano

Doria vai anunciar parte da equipe econômica da campanha nesta quinta

São eles, segundo interlocutores do tucano, Henrique Meirelles, Ana Carla Abrão, Zeina Latif e Vanessa Rahal Canado

Bruno Hoffmann

15/12/2021 às 18:58

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Decisão de Doria abrange cerca de 570 mil profissionais e deve ser cumprida até o próximo domingo

Decisão de Doria abrange cerca de 570 mil profissionais e deve ser cumprida até o próximo domingo | Divulgação/Governo de SP

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), vai anunciar nesta quinta-feira ao menos os quatro primeiros nomes do Comitê Econômico de sua campanha à Presidência da República em 2022.

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São eles, segundo interlocutores do tucano: Henrique Meirelles, Ana Carla Abrão, Zeina Latif e Vanessa Rahal Canado, confirmando a expectativa do governador de ter pelo menos três mulheres no grupo.

Ele ainda pode ter mais dois ou até quatro integrantes. Há no Palácio dos Bandeirantes a especulação de que um deles deva ser o economista Persio Arida, um dos pais do Plano Real e ex-marido de Ana Carla.

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Segundo aliados do governador, ele e outros nomes estão negociando a liberação junto a seus empregadores para participar do time de Doria, e talvez não sejam anunciados agora.

O ex-ministro da Fazenda Meirelles, que ocupa a pasta da área no governo estadual paulista, será o porta-voz do grupo. Ele chegou a se colocar como coordenador dele, mas Doria disse ao jornal Folha de S.Paulo na semana retrasada que não haveria relação de subordinação.

Hoje, o secretário é o principal garoto-propaganda da gestão do tucano na área econômica, que traz alguns números vistosos, como o crescimento acima da média brasileira e a recuperação da capacidade de investimento para níveis não vistos desde antes da recessão de 2015-16 -o estado conta com R$ 50 bilhões para obras e afins no biênio 2021-22.

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Em viagem na semana retrasada a Nova York, Doria e Meirelles estiveram juntos com investidores estrangeiros. Com amplo trânsito no exterior, ele foi apresentado como um fiador econômico do presidenciável, e o teto de gastos que elaborou como ministro em 2016, como ponto de venda. A economista Ana Carla Abrão foi secretária da Fazenda de Goiás de 2015 a 2016, onde ganhou fama como organizadora da máquina pública. É servidora concursada do Banco Central, onde trabalhou, e antes de ir a Goiás esteve na consultoria Tendências e no Itaú. Desde 2017, é chefe do escritório Oliver Wyman no Brasil.

Ela aproximou-se de Doria quando o tucano era prefeito da capital, trabalhando em seu conselho de gestão fiscal. Quando o estado foi atingido pela pandemia em 2020, passou a encabeçar o comitê econômico do combate ao coronavírus. Com trânsito no Congresso, ela trabalha há anos em projetos de reforma do Estado com o ex-presidente do BC Armínio Fraga.

Já Zeina Latif é outro nome conhecido do mercado, considerada uma das economistas mais influentes do país. Ela teve carreira acadêmica ligada à USP, indo depois para a Tendências. A partir de 2002, passou pelos bancos BBVA, HSBC, ABN-Amro Real, ING Bank e Royal Bank of Scotland.

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Em 2012, associou-se à Gibraltar Consultoria, onde está até hoje, e em 2014 ingressou na XP Investimentos, onde foi a economista-chefe. Saiu em 2020, após um episódio em que teria feito críticas ao governo de Jair Bolsonaro -ela mesmo preferiu falar em fim de ciclo.

Vanessa Rahal Canado é o nome menos conhecido do grande público do time. Ela foi a assessora especial do ministro Paulo Guedes (Economia) para a área tributária, tendo trabalhado em todos os principais projetos da reforma tributária do governo.

Professora da Fundação Getulio Vargas, Vanessa deixou o cargo no começo deste ano. Ela não quis polemizar, mas em Brasília sua saída é creditada a divergências na condução das negociações entre a pasta e o Congresso sob o comando de Arthur Maia (PP-AL, presidente da Câmara) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG, presidente do Senado).

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A economista irá trabalhar no projeto de reforma tributária de Doria. Em conversa com a reportagem em Nova York, Meirelles já disse que vê com bons olhos a proposta dos estados em discussão no Congresso, faltando agora a dimensão federal.

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