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Cotidiano
Em um dos casos, a polícia prendeu criminosos que desmataram uma área de Mata Atlântica equivalente a 55 campos de futebol para lançar um condomínio clandestino
23/11/2021 às 10:28
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Parque Estadual do Juquery, atingido por incêndio em agosto de 2021 | /Divulgação/Secretaria Estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente
Levantamento realizado pela Polícia Ambiental revelou que de janeiro a setembro de 2020 foram registrados 506 casos de crimes ambientais. Já em 2021, no mesmo intervalo de meses, foram 971 casos, o que representa um aumento de 91%.
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Ao falar sobre o levantamento realizado pelo órgão, o agente Vitor Calandrini de Araújo disse que "Muitas pessoas ainda cometem o crime ambiental por desconhecimento, mas a grande maioria faz porque a pena é branda ou por achar que não será punido". As informações foram divulgadas pelo G1.
Dentre os tipos de crimes ambientais se destacam os incêndios em mata, soltura de balões, apreensão de animais com risco de extinção, mas a maior parte dos casos é de descarte de lixo e de entulho em áreas de preservação.
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Um dos exemplos do crime de poluição com lixo em local proibido ocorre próximo à Represa Guarapiranga. Um morador local comentou o caso. "Ninguém toma uma providência. Já são anos que isso acontece. Denunciamos, a polícia vem, eles dão um tempo, mas continuam depois que deixam a poeira abaixar", disse o homem, que pediu para não ter o nome revelado.
O canal mais recomendado pela polícia para denúncia destes crimes é o telefone 190, conforme explicou Araújo. "As denúncias são a porta de entrada para o policiamento ambiental. Para isso também existe um aplicativo, o Denúncia Ambiente, onde a pessoa seleciona a natureza da denúncia e ela chega pra nós. Então conseguimos saber quantas viaturas mandar e fazemos uma operação", completou o policial.
Condomínios irregulares
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Na capital paulista, um dos crimes mais frequentes é a construção de condomínios clandestinos. Um desses exemplos foi o de uma quadrilha que foi desarticulada pela Polícia Civil na quarta-feira (10), acusada de desmatar 40 hectares de Mata Atlântica, na zona sul, o que equivale a 50 campos de futebol.
A investigação mostrou que os bandidos pretendiam lançar naquela área um condomínio irregular e já tinham, inclusive, instalado sistema de água e luz no local, com divisão de ruas, segundo informações da Divisão de Investigações Sobre Infrações Contra o Meio Ambiente, do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC).
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