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Cotidiano

PSDB define Rodrigo Garcia como seu candidato ao governo de SP em 2022

O anúncio foi feito no domingo, durante as prévias presidenciais do partido

22/11/2021 às 15:35

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Rodrigo Garcia é vice-governador de São Paulo

Rodrigo Garcia é vice-governador de São Paulo | Reprodução/GloboNews

Rodrigo Garcia (PSDB), atual vice-governador em São Paulo, foi definido como o candidato que representará o PSDB na corrida ao governo do Estado nas eleições do ano que vem. A candidatura foi homologada pela comissão executiva no partido na manhã deste domingo (21).

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Com o xadrez eleitoral dos estados em formação, a candidatura de Garcia impacta ainda a eventual filiação do presidente Jair Bolsonaro ao PL, partido aliado dos tucanos em São Paulo. 

Doria escolheu Garcia como seu sucessor e o filiou ao PSDB em maio, abrindo uma crise com o comando do DEM, antigo partido do vice. A filiação interrompeu os planos do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), que pretendia concorrer mais uma vez ao Governo de São Paulo como tucano. 

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O PSDB de São Paulo sugeriu que Alckmin fosse candidato ao Senado, o que ele não topou. O diretório chegou a abrir inscrição para prévias entre ele e Garcia, mas apenas o vice se inscreveu. A votação seria neste domingo -sem outros concorrentes, houve apenas a homologação formal. 

A avaliação do ex-governador foi a de que não conseguiria bater Garcia na eleição interna, considerando que o vice tem a seu favor as máquinas do PSDB-SP e do governo, do qual é uma espécie de gerente. 

As finanças e os projetos do Palácio dos Bandeirantes passam pelo vice, que exerce a função de secretário de Governo. 

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Presente no evento das prévias presidenciais em Brasília, Garcia confirmou que sua candidatura foi homologada, mas não quis fazer comentários.  

Desde meados do ano, Garcia vestiu o figurino de candidato e passou a percorrer o estado fazendo entregas e inaugurações. 

Também intensificou sua interação nas redes sociais e promoveu encontros regionais com filiados do PSDB -tanto para se apresentar como para promover Doria nas prévias nacionais. 

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Alckmin, então, abriu conversas com outras siglas para viabilizar sua candidatura -teve propostas de PSD, União Brasil (DEM e PSL) e PSB- e chegou a admitir que deixaria o PSDB. A saída, no entanto, foi postergada para após as prévias presidenciais. 

Agora desafeto de Doria depois de ver as portas fechadas no partido que ajudou a fundar, Alckmin passou a trabalhar pela eleição de Leite na disputa interna. 

O ex-governador se cadastrou para votar no gaúcho (seu voto como ex-presidente do PSDB tem peso na eleição indireta), mas não fez declaração de apoio pública. 

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A participação de Alckmin nas prévias, mesmo tendo declarado que deixará o PSDB, incomodou aliados de Doria. Nos últimos dias, porém, o ex-governador passou a admitir a aliados que, se Leite sair vencedor do pleito, pode reconsiderar a decisão e permanecer no partido. 

O governador gaúcho afirma que, se vencer as prévias, vai trabalhar para convencer Alckmin a não se desfiliar. O ex-governador tucano também é sondado para compor a chapa com o ex-presidente Lula (PT), como candidato a vice, algo que não é bem visto entre seus eleitores paulistas, cujo perfil é antipetista. 

A homologação de Garcia fecha o espaço para candidatura de Alckmin, mas também impede que Doria se lance à reeleição caso perca as prévias. 

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Tucanos paulistas afirmam, no entanto, que o governador nunca teve a intenção de concorrer à reeleição, tanto que trabalhou pela oficialização da candidatura do vice neste domingo. 

A candidatura de Garcia também está no centro da negociação entre o PL de Valdemar Costa Neto e Bolsonaro. A filiação chegou a ser acertada e marcada, mas as conversas retrocederam -o presidente quer carta branca para lançar aliados pelo partido ao Governo de São Paulo. 

O PL paulista, contudo, faz parte da base de governo de Doria, rival de Bolsonaro, e iria apoiar a candidatura de Garcia. Costa Neto busca saídas diante do impasse. 

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Uma solução ventilada seria filiar Garcia ao PL e fazer dele o palanque de Bolsonaro no estado -hipótese que ganha força se Doria perder as prévias. Por isso, o presidente foi aconselhado a esperar o resultado da eleição interna tucana antes de tomar decisões sobre sua filiação.

RAIO-X 

Rodrigo Garcia, 47 

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Nasceu em maio de 1974, em Tanabi (SP). Foi criado em São José do Rio Preto (SP) e é advogado. Começou a trabalhar como assistente técnico na Câmara dos Deputados e alcançou espaço na política como deputado estadual, federal e secretário estadual. Foi aliado de Gilberto Kassab (PSD). Trocou o DEM pelo PSDB em maio. É vice-governador de Doria

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