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Cotidiano
Turistas dizem estar 'chocados' com preços das bebidas e petiscos na praia de Santos
13/12/2021 às 20:18
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Às vésperas do Réveillon, a epidemia de gripe tem pressionado a demanda por atendimento no Litoral | Nair Bueno/Diário do Litoral
Acompanhado da esposa e do filho de cinco anos, o administrador de empresas Márcio Busanelli, 43, optou pelo fim de semana na praia de Santos, no litoral paulista.
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O tempo aberto, com sol acima dos 30ºC, levou a família a sair de Jundiaí (a 154 km) na sexta-feira (10) para aproveitar o apartamento localizado no município. Oportunidade essa que se transformou em raridade nos últimos tempos por reflexos da economia.
"Está tudo mais caro. Antes, descíamos todos os fins de semana, mas agora precisamos repensar e escolher com prudência. Tivemos que manter o nosso espaço alugado muitas vezes pelos custos", disse Busanelli.
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As queixas sobre o aumento dos preços de combustível, pedágio e o custeio para um fim de semana na praia foram recorrentes entre turistas abordados pela reportagem.
Entre os valores cobrados por ambulantes e carrinhos que vendem de bebidas a alimentos, porções não são encontradas por menos de R$ 60. Caipirinhas custam, em média, de R$ 17 a R$ 25, enquanto um pastel sai por R$ 10.
"Diferente dos outros anos, vemos muito pouca gente ainda mesmo em um período forte. Sentimos muito pela economia e pelos vendedores que vão acusar o golpe. Não são eles que encareceram, tudo aumentou", afirmou o aposentado Guilherme Bianchi, 61.
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Morador de São Caetano do Sul (ABC paulista), ele explica que causa menos impacto ao bolso as vindas à praia somente por um dia. Muitas vezes, ele e a esposa Helvia Bianchi, 57, ainda optam pela moto para reduzir os custos.
Uma das famílias presentes deixou Bragança Paulista, no interior do estado, para passar três dias em Santos. Antes, precisaram intensificar cotações para saber se seria viável a viagem com os três filhos.
Alugaram uma casa por um aplicativo, a R$ 240 a diária, e optaram por não consumir alimentos na praia.
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Ambulantes também disseram esperar melhora com relação ao movimento. Andressa Rodrigues, 19, que vende artigos de praia, disse que, até o momento, fatura no máximo R$ 500 nos melhores dias, valor ainda significativamente inferior se comparado ao de outros anos no mesmo período. Ela trabalha ao lado do irmão das 9h às 17h.
Mesmo com a decisão do governo paulista de manter obrigatório o uso de máscaras em espaços abertos, quase nenhum dos presentes utilizava o item. As maiores exceções eram os próprios ambulantes e responsáveis por carrinhos de venda de alimentos.
O governador João Doria (PSDB) suspendeu no início do mês a flexibilização da utilização de máscaras que entraria em vigor neste sábado (11).
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"Vimos um relaxamento muito grande com relação às máscaras nas praias e até nas ruas, também. Não há ninguém inibido em não usar, como em Bragança. Chegamos na praia de máscara e parecíamos estranhos", relatou o químico Fernando Dias, 45.
De acordo com a Ecovias, concessionária que administra o sistema Anchieta/Imigrantes, até a última parcial, da meia-noite deste sábado (11), desceram a serra sentido litoral cerca de 115 mil veículos.
Pela manhã, havia pelo menos dois pontos de congestionamento na rodovia dos Imigrantes, entre os kms 40 e 53 e os kms 67 ao 70, já em Praia Grande. A justificativa para a lentidão se dá pelo alto volume de veículos.
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Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a temperatura neste sábado irá oscilar entre 20ºC e 30ºC em Santos, com sol entre nuvens. Já no domingo (12), a máxima deverá chegar a 31ºC, mas com previsão de sol encoberto.
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