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Cotidiano

Temendo ômicron, ABC paulista pedirá limitação de público no futebol

O Consórcio Intermunicipal ABC vai solicitar a adoção da medida ao comitê científico do governo estadual; Copinha e Campeonato Paulista estão inclusos

11/01/2022 às 15:44

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Partida entre São José E.C e Corinthians pela Copinha

Partida entre São José E.C e Corinthians pela Copinha | Lucas Lacaz Ruiz/Folhapress

Com alta de até 300% na procura por atendimento devido à variante ômicron do novo coronavírus ou com síndrome gripal, o Consórcio Intermunicipal ABC vai solicitar ao comitê científico do governo de São Paulo para que limite público nas partidas de futebol da Copa São Paulo de Juniores e do Campeonato Paulista, previsto para começar no próximo dia 23. 

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Desde novembro do ano passado não há mais limite no número de torcedores que podem entrar nos estádios paulistas. A adoção de novas medidas de restrição seria pioneira, neste ano, na Grande São Paulo.

"Há uma atenção especial para enfrentamento [de aglomerações em] eventos esportivos e culturais com uma quantidade de público muito grande", afirmou Paulo Serra (PSDB), prefeito de Santo André e presidente do consórcio, lembrando que cidades do ABC têm sedes e times nos dois torneios estaduais de futebol. 

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A decisão foi tomada na manhã desta terça-feira (11), após reunião virtual dos prefeitos que integram o consórcio, do qual fazem parte Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul.

Segundo Serra, o consórcio também vai solicitar aumento de repasses dos governos estadual e federal para ampliação da capacidade de atendimento médico. Números não foram apresentados. 

Ele citou ações que estão sendo tomadas por municípios, como a transformação de equipamentos esportivos, em sua cidade e em Diadema, por exemplo, em consultórios para pacientes com síndrome gripal. 

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"É uma crise diferente [das de 2020 e 2021], com uma quantidade que assusta, mas a demanda por atendimento ambulatorial tem sido de casos leves, que na imensa maioria são resolvidos em consultórios e em ambulatórios, sem demanda por leitos e internações", afirmou. 

Os municípios descartaram por enquanto uma ação conjunta para restrições no comércio e o adiamento da volta às aulas. 

Segundo Serra, ficou decidido também que o consórcio vai se reunir todas as terças-feiras para avaliar a situação e se será necessário tomar novas medidas. 

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Por causa da ômicron, municípios paulistas retomaram restrições. Em Amparo (138 km de SP), o comércio só pode funcionar até às 23h. 

No mês passado, a Prefeitura de São Bernardo do Campo chegou a limitar o horário de funcionamento do comércio, inclusive de shopping centers, bares, restaurantes, lojas de conveniências, locais de shows e bufês, com fechamento das portas obrigatório até as 2h. Em uma transmissão pelas redes sociais, o prefeito Orlando Morando (PSDB) disse que a decisão foi tomada por causa da variante ômicron. 

"Infelizmente tivemos um fato novo no Brasil e não podemos nos omitir", afirmou Morando sobre a variante ômicron. "Depois das 2h, as pessoas bebem mais e não usam mais máscaras. A noite é uma criança porque ela cresce a noite toda", afirmou na transmissão pela internet.

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No ano passado, São Bernardo foi uma das cidades do ABC que implantou toque de recolher e foi a última da região a liberar o horário de funcionamento do comércio, sem restrições.

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