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Cotidiano

Professor usa roupa semelhante à grupo de supremacia branca em SP

Caso ocorreu na Escola Estadual Amaral Vagner, na região do ABC e foi gravado por alunos; veja vídeo

Maria Eduarda Guimarães

21/12/2021 às 15:37

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Reprodução do vídeo divulgado pelo grêmio estudantil da Escola Estadual Amaral Vagner, no ABC.

Reprodução do vídeo divulgado pelo grêmio estudantil da Escola Estadual Amaral Vagner, no ABC. | Reprodução do vídeo divulgado pelo grêmio estudantil da Escola Estadual Amaral Vagner

Um professor da Escola Estadual Amaral Vagner, em Santo André, na região do ABC, São Paulo, aparece em vídeo que circula nas redes sociais com roupa semelhante à da Ku Klux Klan, grupo supremacista branco dos Estados Unidos. A data da gravação não foi informada pela secretaria, mas o vídeo foi postado nesta última segunda-feira (20).

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O perfil no Instagram do grêmio estudantil da escola, afirma que o caso ocorreu no dia 8 de dezembro, durante um evento em que alunos, professores e funcionários podiam escolher uma fantasia para participarem de um desfile. Na gravação, é possível ouvir a voz de uma jovem que aparenta ser uma estudante, incrédula com a vestimenta do docente.

"No mesmo instante que o professor adentrou a quadra, local onde ocorreria o desfile com tal vestimenta, foi vaiado e retirado da quadra pelos estudantes e membros do grêmio e atlética", diz a publicação.

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A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo declarou em nota que vai afastar o professor envolvido até o término da investigação. "informa que, assim que soube do caso, abriu apuração preliminar e iniciou os trâmites para afastamento imediato do professor envolvido, que é efetivo, até o término da apuração. A Diretoria de Ensino de Santo André formou uma comissão interacial para averiguar os fatos."

O educador pode responder por crimes de apologia ao crime e de racismo - se condenado, pode pegar até 3 anos de prisão.

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"As cenas são estarrecedoras e deprimentes, principalmente por terem ocorrido em um local que deveria ser de inclusão social e educação. O papel da escola é de educar contra qualquer forma de racismo, preconceito e exclusão!", alegou o advogado Ariel de Castro Alves, especialista em direitos humanos, membro do Instituto Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente e presidente do Grupo Tortura Nunca Mais.

O grupo Ku Klux Klan, criado em 1860, defende ideais como a supremacia branca, o nacionalismo branco e a anti-imigração. No século passado, o bando foi responsável pela perseguição e assassinato de negros e ativistas de direitos civis, além de ataques terroristas.

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