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Cotidiano
'Minha posição [de tratamento precoce] não contempla essa medicação', afirmou Antonio Barra Torres durante depoimento na CPI da Covid
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Antônio Barra Torres é o diretor-presidente da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) | /Pedro França/Agência Senado
O presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, afirmou nesta terça-feira (11) ser contra a indicação do uso da hidroxicloroquina como tratamento da Covid-19.
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"Minha posição [de tratamento precoce] não contempla essa medicação", afirmou durante depoimento na CPI da Covid.
Torres também foi questionado pelo relator da comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL), sobre relato do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, que contou no colegiado ter participado de reunião no Palácio do Planalto em que foi sugerida uma proposta de decreto para alterar na bula da cloroquina para contemplar a indicação contra a Covid-19.
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O diretor da Anvisa, que também é contra-almirante da Marinha, confirmou que participaram do encontro Mandetta, o então ministro da Casa Civil, general Braga Neto, e a médica Nise Yamaguchi.
"Esse documento foi comentado pela doutora Nise Yamaguchi, o que provocou uma reação deselegante minha", relatou Torres. "Só quem pode modificar a bula é a agência, desde que requisitado pelo desenvolvedor do medicamento... quando houve uma proposta de pessoa física, eu falei 'não tem cabimento'", afirmou.
O almirante ainda confirmou que em seguida Mandetta se retirou da reunião e disse não saber quem foi o autor do decreto, mas que Nise parecia estar "mobilizada".
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