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Cotidiano
Cineasta, cronista e jornalista havia sido hospitalizado na última quinta-feira
15/02/2022 às 09:11 atualizado em 15/02/2022 às 10:35
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Foto de arquivo de 08/04/2016 do cineasta e jornalista Arnaldo Jabor, de 81 anos | Tiago Queiroz/Estadão Conteúdo
Arnaldo Jabor, de 81 anos, morreu nesta terça-feira (15) em São Paulo. O famoso cineasta, cronista e jornalista estava internado no Hospital Sírio-Libanês desde dezembro quando sofreu um acidente vascular cerebral (AVC).
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Jabor ficou conhecido por diversos trabalhos, entre eles "Eu sei que vou te amar" (1986), indicado à Palma de Ouro de melhor filme do Festival de Cannes. Ele trabalhava colunista de telejornais da TV Globo desde 1991.
Carreira
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Com uma carreira dedicada ao cinema, à literatura e ao jornalismo, Arnaldo Jabor trabalhou em grandes obras. No cinema, dirigiu sete longas, dois curtas e dois documentários. O texto conta com informações do "g1".
O documentário “Opinião Pública” foi seu primeiro longa metragem produzido em 1967 foi acabou sendo reconhecido como um retrato do brasileiro e sua própria realidade.
Posteriormente, em 1970, trabalhou no primeiro longa de ficção, produzindo, roteirizando e dirigindo “Pindorama”. No ano seguinte, foi indicado ao maior prêmio do festival de Cannes, na França, a Palma de Ouro.
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Outro sucesso premiado foi “Toda Nudez Será Castigada”, uma adaptação da peça homônima de Nelson Rodrigues que foi sucesso de bilheteria e lhe rendeu em 1973 o Urso de Prata no Festival de Berlim. A obra trazia críticas à hipocrisia da moral burguesa.
Mais uma vez inspirado por Nelson Rodrigues, em 1975 lançou nos cinemas "O Casamento", o qual Arnaldo Jabor adaptou do romance que também fazia críticas ao comportamento da sociedade daqueles anos.
Outras grandes obras vieram mais tarde, também com um olhar questionador sobre o comportamento dos brasileiros. Em 1978 deu início à conhecida "Trilogia do apartamento" cujo o primeiro filme foi “Tudo Bem” que teve como pano de fundo o fracasso do milagre econômico e trouxe forte tom de sátira e ironia. A obra venceu o prêmio de Melhor Filme no Festival de Brasília.
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Sucessos de bilheteria e crítica vieram mais tarde como "Eu te amo", em 1981 e “Eu Sei que Vou Te Amar”, de 1986.
Jornais e livros
Arnaldo Jabor teve de se afastar do cinema por “força das circunstâncias ditadas pelo governo Fernando Collor de Mello, que sucateou a produção cinematográfica nacional”, segundo seu site oficial, em 1990.
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Foi quando passou a escrever crônicas e atuar como comentarista político em programas da TV da Globo em 1991 como “Jornal Nacional”, “Bom Dia Brasil”, “Jornal Hoje”, “Fantástico”. Desempenhou papel semelhante na Rádio CBN.
Em paralelo ao seu trabalho como jornalista, Jabor se dedicou também à literatura, com a publicação de oito livros de crônicas. Entre eles, os best-sellers “Amor é prosa”, de 2004, e “Pornopolítica” de 2006.
Seus últimos trabalhos foram o filme “A Suprema Felicidade”, que teve o roteiro e direção assinados por Jabor e foi premiado nas categorias técnicas (direção de arte e figurino) em festivais brasileiros e internacionais, e seu atuação como crítico, eternizada no dia 18 de novembro, quando comentou um caso de suspeitas de interferência no Enem na TV Globo.
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