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Cotidiano

'Linguagem neutra dos gays' estraga a garotada, diz Bolsonaro

Nesta terça-feira (7), o presidente Jair Bolsonaro disse que a linguagem neutra estraga os jovens. A linguagem neutra cria pronomes que contemplam as pessoas de gênero não binário

07/12/2021 às 13:05  atualizado em 07/12/2021 às 13:06

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Jair Bolsonaro

Jair Bolsonaro | Marcos Correa/Presidência

O presidente Jair Bolsonaro (PL) chamou nesta terça-feira (7) a linguagem neutra de "dos gays" e disse que ela "estraga a garotada".

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"Lembra dois anos atrás a questão da linguagem neutra dos gays [no Enem]? Não tenho nada contra, nem a favor. Cada um faz o que bem entender com seu corpo. Mas por que a linguagem neutra dos gays? Que que soma para gente numa redação? Agora, estimula a molecada se interessar por essa coisa, por...", disse o presidente a apoiadores no cercadinho do Palácio do Alvorada.

Um deles complementa a frase de Bolsonaro: "Vai estragando a linguagem".

É, então, que o presidente diz: "A linguagem é o de menos, vai estragando a garotada". 

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A linguagem neutra cria pronomes que contemplem pessoas de gênero não binário, complementando "ele/ela". Esse tipo de linguagem não diz respeito a orientação sexual.

As declarações ocorreram enquanto o presidente e seus eleitores discutiam o ENEM (Exame Nacional de Ensino Médio).

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O chefe do Executivo disse que o próximo exame "vai ser nosso".

Ele já havia dito, quando estava em Dubai, na semana do Enem em novembro, que a prova começava a ter "a cara do governo".

Na ocasião, ele foi acusado de interferir na prova para estudantes secundaristas. O Enem ocorreu, neste ano, em meio a uma crise no Inep [Instituto nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais], que realiza a prova. Trinta e cinco servidores pediram demissão, com denúncias de interferência na prova.

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"Alguns querem que a gente mude de uma hora para outra. Começa a mudança agora. O próximo Enem que vai ser nosso. Falar que tinha que interferir... Se eu pudesse interferir, não seria esse tipo de Enem que tá ai. De jeito nenhum", disse Bolsonaro a apoiadores.

Depois da prova deste ano, o banco de questões do Inep passa a ter apenas aquelas formuladas durante do governo Bolsonaro.

A demanda teria ocorrido no primeiro semestre, segundo relatos de integrantes do governo.

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Ribeiro chegou a comentar a fala com equipes do MEC (Ministério da Educação) e do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), mas não levou o pedido adiante de modo prático, uma vez que os itens passam por longo processo de elaboração.

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