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Cotidiano

Costelinha vai morrer sem família em SP, mas outros cães podem ter outro destino

'O Costelinha esperou em vão um pouco de amor, uma festinha em família, o vento do rosto pela janela do carro', diz responsável por centro de adoção em SP

Bruno Hoffmann

13/01/2022 às 11:33

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Costelinha

Costelinha | /Divulgação

O Centro Municipal de Adoção da cidade de São Paulo tem neste momento mais de 300 animais esperando a chance de encontrarem uma família. Para 68 deles, o sonho vai se tornando impossível por serem considerados idosos e portadores de doenças crônicas. Para incentivar a adoção desses cães, a Cosap (Coordenadoria de Saúde e Proteção ao Animal Doméstico) fornece o cartão Cuida Bem – Idoso, que garante atendimento prioritário e vitalício do animal adotado no local em quaisquer hospitais veterinários públicos da Capital.

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Um dos cachorros idosos que está no Centro de Adoção é o Costelinha, que chegou ao canil em novembro de 2008, quando o espaço ainda se chamava CCZ. Sabe qual é o "defeito" do Costelinha? Não ter raça definida e ser grande demais (ele pesa 35 quilos). O tempo foi passando e a sua adoção foi se tornou ainda mais difícil. Agora seu perfil conta com mais uma categoria: ser um cão idoso. Além disso, recentemente descobriu um câncer, já em estado avançado.

“O Costelinha esperou em vão um pouco de amor, uma festinha em família, um abraço apertado, o vento do rosto pela janela do carro. Questiono muito o porquê de ninguém ter olhado para ele. Só sei dizer que o Costelinha aceitou sua sina, como todo cão resiliente. Há tempos desistiu de acreditar e quietinho espera a sua hora de partir, para assim, talvez, seguir para um lugar onde se sinta amado, onde tenha amigos e possa, finalmente, se sentir em casa”, conta a coordenadora da Coordenadoria de Saúde e Proteção ao Animal Doméstico (Cosap), Analy Xavier.

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Macaque in the trees
Costelinha, cachorro para adoção pela Prefeitura de São Paulo - Reprodução

Boa parte dos animais que esperam por uma família nas dependências da Cosap é composta hoje por animais adultos, idosos, portadores de doenças crônicas. São animais com uma bagagem triste de abandono e maus tratos. Muitos chegaram ainda filhotes, mas por não atenderem ao perfil procurado pela maioria das famílias, aguardam há mais de dez anos pelo grande dia.

Assim como o Costelinha, alguns cães estão há muitos anos no Canil Municipal. Juju, Leonard, Cicarelli, Chocolate, Leka, Pedrinho, Jack Pirata, Coff, Dudu, Sugar, Apache, Charles Henrique, Dino, Spike e Balrog são alguns deles.

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Vantagens de adotar um animal adulto:

•Já cresceu e já se sabe o tamanho que ele vai ficar
•Já se conhece o temperamento
•Menos bagunça/destruição de objetos
•São mais resistentes às doenças

Cartão Cuida Bem - Idoso

Para incentivar a adoção desses cães, que chegaram filhotes e estão envelhecendo num lugar que deveria ser transitório, em dezembro de 2020 a Cosap lançou o cartão Cuida Bem – Idoso, que garante atendimento prioritário e vitalício em qualquer uma das unidades dos Hospitais Veterinários Públicos da capital.
O cartão é um benefício concedido aos cães e gatos adotados no Centro Municipal de Adoção com idade a partir dos oito anos. A única obrigatoriedade é que o tutor resida em São Paulo e que a adoção seja realizada no Centro Municipal de Adoção. 

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Como adotar

Os interessados em adotar um animal de estimação podem buscar o serviço “Adotar cães e gatos” (bityli.com/OVtRk) no menu do Portal 156, que dá acesso a uma galeria de fotos dos pets que estão esperando por um lar.

Os animais disponíveis para adoção estão devidamente vacinados, vermifugados, castrados, identificados por microchip e possuem Registro Geral do Animal (RGA), conforme Lei Municipal nº 13.131/01.

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No site, o futuro tutor precisa preencher as informações no formulário, como as de perfil e sobre a casa onde mora. “Isso é importante porque para adotar um gato, por exemplo, a propriedade precisa ter tela. Não podemos liberar um animal para ir para um local que possa correr algum risco”, pondera Analy.

Uma vez que essa etapa avança, se não houver nenhuma incompatibilidade, é feito o agendamento da visita para que o futuro tutor possa conhecer o animal e levá-lo para casa. Nesta visita, o cidadão deverá levar uma coleira se for adotar um cão ou uma caixa de transporte, caso vá adotar um gato.

“Em alguns casos, a equipe de veterinários faz uma visita prévia no imóvel, caso seja um animal que tem um perfil um pouco mais forte ou que precisa ser ‘filho único’. Então precisamos fazer essa vistoria para ver se isso é possível”, ressalta a coordenadora da Cosap.

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Além disso, o tutor também precisa apresentar RG, CPF, comprovante de residência recente (dos últimos três meses) e pagar uma taxa pública de R$ 29,30.

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