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Cotidiano
Nas redes sociais, presidente volta atacar eficácia do imunizante contra Covid-19
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No sábado, Bolsonaro voltou a defender a administração de hidroxicloroquina a pacientes com coronavírus | /Marcos Correa/Presidência
O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a atacar nesta quinta-feira (16) a eficácia da vacina contra a Covid-19. O chefe do Executivo federal compartilhou em suas redes um vídeo que sugere, erroneamente, que o imunizante não é eficaz contra o novo coronavírus.
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Na peça postada por Bolsonaro, um homem chama a vacina contra a Covid-19 de "porcaria" e diz que ela não funciona por não impedir transmissão e infecção, ao contrário do que ocorreria com outros imunizantes direcionados a outras enfermidades.
Na verdade, nenhuma vacina é 100% eficaz contra qualquer doença. No caso do coronavírus, já está comprovado que as vacinas em uso no Brasil reduzem a transmissão e os riscos de que uma pessoa, quando infectada, desenvolva formas mais graves da doença. Ou mesmo que ela morra.
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O vídeo compartilhado por Bolsonaro ainda sugere que há pessoas "morrendo de outras causas adversas" que seriam ocultadas sob o nome da variante ômicron.
"A gente desde que tomou vacina de poliomielite, sarampo, rubéola, o que seja, são vacinas que você tomou e você nunca mais teve aquela doença. Você associou: 'Estou vacinado, estou imunizado, estou imune, não vou pegar mais aquela doença'", diz o homem no vídeo.
"E com esse psicológico aí, todo mundo foi induzido a tomar essa porcaria porque achou que estaria imune. Resultado: os que se vacinaram estão passando a doença e não estão imunes. Tem muita gente morrendo, morrendo de outras causas adversas que estão dando nome de variante ômicron e qualquer outra coisa", segue.
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"O que a gente quer é justamente a liberdade de poder escolher sem ser cerceado do nosso dever, da nossa profissão, do nosso direito de trabalhar como qualquer cidadão comum", diz ainda o homem no vídeo.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) December 16, 2021
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O vídeo foi publicado por Bolsonaro em resposta a uma postagem feita pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas - que nada tinha a ver com vacinas.
"Bom dia. A caminho de Patos de Minas (MG) p/ falar sobre a grande notícia da semana, o novo Marco Legal das Ferrovias. Já recebemos 48 pedidos para construção de mais de 15 mil km de estradas de ferro privadas em 16 unidades da federação. Revolução nos transportes em andamento", escreveu Tarcísio em sua conta no Twitter. O presidente, então, respondeu com o vídeo.
No último sábado (11), Bolsonaro voltou a defender a administração de hidroxicloroquina para pacientes contaminados pelo coronavírus, apesar de estudos já terem indicado sua ineficácia para a Covid-19.
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"Tomei hidroxicloroquina e, se me contaminar de novo, tomo outra vez. Temos de ter respeito à autonomia do médico", afirmou ele.
Ele também questionou a capacidade das vacinas em reduzir a transmissão do coronavírus, como indicam estudos científicos. Afirmou ainda que o deputado federal Hélio Lopes (PSL-RJ) está internado em razão de uma embolia "possivelmente" causada por reação à vacina.
"Não estou aqui para tumultuar a vida de ninguém. Estamos mexendo com vidas. A informação não pode circular. Quem fala qualquer coisa sobre vacina é tachado de fake news, negacionista, terraplanista", afirmou ele.
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Estudos apontam serem raros casos de reação grave à vacina contra a Covid-19. Especialistas afirmam que os benefícios da imunização superam os eventuais riscos existentes.
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