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Cotidiano

Aplicativos de pagamento miram comércio popular no Brás, em SP

O setor de atacado, que em 2020 faturou R$ 287,8 bilhões no Brasil, segundo a Abad, tem participação no ecommerce inferior a 1%, dizem empreendedores digitais

26/01/2022 às 15:40

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Comércio popular na região do Brás, em São Paulo

Comércio popular na região do Brás, em São Paulo | Rovena Rosa/Agência Brasil

Um dos mais tradicionais polos de vestuário atacadista do País, o Brás, na região central de São Paulo, está passando por um processo de digitalização, com aplicativos para celular que facilitam a ponte entre o comércio local e lojistas de todo o Brasil.

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Antes, eles dependiam do contato direto com os atacadistas por meio de alguns poucos sites, aplicativos de mensagens e, principalmente, dos chamados "assessores", trabalhadores informais que fazem as compras do estoque presencialmente e enviam os itens para esses comerciantes pelo país -muitos por meio de ônibus fretados abastecidos de mercadorias, que levam roupas e acessórios para pequenos e médios lojistas de norte a sul. A região é considerada o principal centro de distribuição de pronta entrega de confecções do Brasil. 

Novas empresas agora conectam as duas pontes desse mercado via aplicativo de marketplace. Empreendedores estimam que o atacado -que em 2020 faturou R$ 287,8 bilhões no Brasil, segundo a Abad (Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores)- tenha participação no ecommerce inferior a 1%. 

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O mercado B2B de atacado de moda no país é segmento com faturamento estimado em US$ 445 bilhões, segundo os empreendedores. É um mercado a ser explorado e desenvolvido, diz Ballardie, e seu objetivo é tornar a empresa um negócio de crescimento acelerado, inspirado em modelos de sucesso como a gigante chinesa do atacarejo Alibaba e, no Brasil, o Mercado Livre. 

O primeiro desafio foi tornar o aplicativo conhecido e utilizado pelos comerciantes brasileiros, chineses, bolivianos e árabes à frente das mais de 15 mil lojas do caldeirão cultural efervescente que forma a região do Brás. 

Um dos aplicativos visa unificar as opções de compra de acessórios e itens de vestuário dos lojistas de moda pelo Brasil em uma só plataforma. Segundo o cofundador, a solução tem hoje mais de mil fornecedores cadastrados e 50 mil compradores, fruto de trabalho intenso de captação, divulgação e aperfeiçoamento das soluções oferecidas, e os usuários relatam ganho de produtividade nas operações, segundo o criador da tecnologia.

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Mas auxiliar nas operações diárias dos comerciantes é só uma parte do negócio. Um dos atrativos dos clientes do Brás foi o baixo capital de giro dos comerciantes, diz o empreendedor, o que tornou a região propícia para o desenvolvimento de uma solução que ofereça serviços financeiros aliados à plataforma de marketplace. Além de encurtar a distância entre lojas e produtos, a empresa busca agora facilitar o crédito e pagamento. 

A estratégia de oferecer crédito em plataformas de vendas, adotada por gigantes como a Via, busca unir a demanda, capacidade logística, curadoria e inventário dos mercados online com soluções de pagamentos, financiamentos, seguros e empréstimos no mesmo ecossistema. Além de gerar novas fontes de renda, o modelo expande o mercado e pode diminuir os custos de aquisição que impactam o consumidor final. 

A ideia dessas empresas é continuar concentrada nos produtos do ramo, mas expandir a atuação da plataforma para outros polos do comércio de vestuário do país, como Brusque (SC) e Fortaleza (CE). 

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Empreendedores ouvidos pela reportagem apostam no crescimento do segmento popular de vestuário, a despeito da alta inflacionária de 8,7% nos preços dos itens da categoria, registrada no IPCA acumulado de novembro de 2020 até o mesmo mês de 2021.

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