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Cotidiano
A cidade de São Paulo tem quadro alarmante e pesquisadores indicam que situação vai piorar até o fim do mês
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Demanda de testes dispara na capital | / Ricardo Vaz/PMTS
A taxa de transmissão de Covid-19, tanto no estado, quanto na capital, nunca foi tão alta quanto os dados registrados nesta quarta-feira (26). É o que indicam pesquisadores da USP e da UNESP ao perceberem que a taxa está em 1,79, o que significa que a cada 100 infectados, outros 179 podem contrair o vírus.
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Os números são baseados quanto ao potencial de uma pessoa passar para outra, ou seja, se for menor que uma pessoa, as condições de transmissão estão diminuindo. Mas se for maior que um, está em aceleração e é preciso ter cautela.
A última alta registrada vinha de março de 2021, quando a transmissão estava em 1,70 por pessoa. E mesmo após bater o recorde nesta quarta-feira com 1,79, os pesquisadores acreditam que até o dia 31 de janeiro de 2022, esse número pode chegar a 1,86, ou seja, quase dobrando o número de infectados.
Esses dados se refletem quanto à situação de ocupação de leitos dos hospitais na capital, onde 7 a cada 10 estão ocupados. Com isso, a Prefeitura tem trabalhado para abrir mais locais desde segunda-feira (24), aumentando a quantidade de espaços em 17% - o que representa 82 leitos de UTI e mais de 50 leitos de enfermaria. Porém o aceleramento de transmissão é tão grande que vem lotando hospitais.
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É o exemplo do Hospital Municipal Guarapiranga, na zona sul de São Paulo, referência no tratamento da Covid-19 e que atualmente possui 144 pacientes na UTI, o que representa uma taxa de ocupação de 76%. E para além da Unidade de Tratamento Intensivo, a enfermaria está com 68% de seu espaço ocupado com 47 pacientes.
Mas o mais impressionante em relação ao hospital da Guarapiranga, se tratando do aceleramento de transmissão do vírus, é que na última semana houve um crescimento de mais de 122% de casos de internação. O maior registrado na cidade até então.
Um outro hospital referência na capital, o da Brasilândia, encontra-se com 86% dos leitos de UTI ocupados, o que representa 162 pacientes, assim como a enfermaria que também está com a taxa de ocupação em 86%, com 187 pacientes no local.
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A respeito da rede de hospitais particulares da cidade, os dados também são alarmantes. A taxa registrada nesta semana tem ocupação de UTIs em 80%.
Sobre a rede municipal como um todo, São Paulo tem 71% dos seus leitos de UTI dedicados ao tratamento da Covid ocupados no momento, além de 65% dos leitos de enfermaria.
Testagem em Massa
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A situação também alavancou a demanda de pessoas buscando fazer o teste. A cidade de São Paulo recebeu na última segunda-feira (24), cerca de 350 mil testes rápidos e a prefeitura acredita que o estoque seja suficiente para durar por mais de 30 dias.
Segundo a secretária-executiva de Atenção Básica, Especialidades e Vigilância em saúde da capital, Sandra Sabino, um novo pregão será aberto para comprar mais de 1 milhão de testes nas próximas semanas.
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