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Cotidiano
Obra tem permissão da Prefeitura de SP para ficar no local até 31 de dezembro; depois, os idealizadores poderão pedir uma nova autorização
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A escultura é uma réplica do Touro de Wall Street, localizado no distrito financeiro de Nova York | Roberto Casimiro/Fotoarena/Folhapress
O Touro de Ouro, escultura inaugurada na última terça-feira (16) pela Bolsa de Valores de São Paulo (B3), só pode – inicialmente – ficar instalado na rua XV de Novembro, no centro de São Paulo, até o dia 31 de dezembro deste ano. Caso os idealizadores queiram manter a estrutura no espaço público, precisarão pedir uma nova autorização à prefeitura da Capital.
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A informação foi passada à Gazeta pela gestão municipal, após ser questionada pela reportagem se a B3 buscou autorização para colocar a obra no local, e quais são os trâmites para a iniciativa privada instalar uma estrutura permanente em via pública.
“A Prefeitura de São Paulo, por meio do Departamento do Patrimônio Histórico da Secretaria Municipal de Cultura, informa que a proposta de instalação da escultura ‘Touro de Ouro’ foi de uma empresa privada, e ela foi deferida para exposição em logradouro público como evento temporário, durante o período de 01/10 a 31/12, incluindo a montagem e desmontagem”, explica a prefeitura, em nota enviada à Gazeta.
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“Caso a empresa deseje manter a instalação após essa data, deverá entrar com um novo pedido junto ao DPH”, continua o texto.
A prefeitura também informa que a Bovespa fez o pagamento das taxas para receber a autorização municipal.
“A Secretaria Municipal das Subprefeituras, por meio da Subprefeitura Sé, informa que emitiu autorização para a instalação do Touro de Ouro, na rua 15 de Novembro, nº 275. A empresa solicitante realizou o pagamento do Documento de Arrecadação do Município de São Paulo (DAMSP) pelo uso do espaço público”, finaliza a nota.
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A escultura é uma réplica do Touro de Wall Street, localizado no distrito financeiro de Nova York, e foi instalada na área central da cidade de São Paulo nesta terça-feira. A versão brasileira foi batizada de Touro de Ouro por ser dourada. A original é de bronze.
Piadas e protestos
O animal dourado foi alvo de chacotas pelas redes sociais - e de protestos de ativistas, pessoalmente. Na manhã desta quarta-feira (17), ativistas se organizaram em um ato ao colarem um cartaz onde se lê "fome" na obra.
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O protesto foi realizado pelos movimentos Juventude Fogo no Pavio e Movimento Raiz da Liberdade. "Assim como o Touro de Wall Street é alvo de trabalhadores e trabalhadoras que resistem, aqui o Touro de Ouro também será!", disseram os ativistas pelas redes sociais.
Já nas redes, usuários criticaram sarcasticamente a opulência da obra em um momento de grave crise econômica e social no País, agravada pela pandemia da Covid-19.
Em 2021, o Brasil ganhou 40 bilionários.
Também nesse ano, 116 milhões de brasileiros convivem c/a insegurança alimentar. 19 milhões tem passado 24 horas ou + sem comer - fome, fome mesmo.
Ainda bem que o touro é de ouro, se fosse de carne e osso não sobraria nem a carcaça. pic.twitter.com/zSbCVzW7Xb
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Por sua vez, a B3 exaltou a obra, ao dizer que ela “homenageia a força e a coragem do brasileiro, além de ser um presente para a cidade de São Paulo, visando à revitalização do centro histórico da cidade".
Construído sobre uma estrutura metálica tubular com multicamadas de fibra de vidro de alta densidade e pintura de alta temperatura anticorrosiva, o touro tem 5,10 metros de comprimento, 3 metros de altura e 2 metros de largura.
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A peça foi idealizada pela B3, pelo economista e influenciador digital Pablo Spyer e pelo artista plástico e arquiteto Rafael Brancatelli.
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