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Cotidiano
A peça, segundo a Bolsa de Valores de SP, 'simboliza o mercado financeiro e a força do povo brasileiro'
16/11/2021 às 17:21
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A peça, diz a B3, "simboliza o mercado financeiro e a força do povo brasileiro". O número de investidores na Bolsa avançou nos últimos meses, mas ainda representa uma parcela pequena da população. Em outubro, a B3 atingiu a marca de 4 milhões de contas de | Bruno Rocha/Folhapress
A Bolsa de Valores brasileira (B3), inaugurou nesta terça-feira (16), na área central da cidade de São Paulo, uma réplica da escultura conhecida como Touro de Wall Street. O forte animal 'de ouro', segundo seus idealizadores, representa o mercado financeiro nacional. No entanto, o mercado de ações brasileiro tem operado em baixa, acompanhando a crise econômica interna, na contramão do mercado americano que registra ganhos recordes neste ano.
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A peça original em bronze é chamada "Charging Bull", que significa touro em investida ou touro que ataca. No jargão do mercado acionário, o touro representa os momentos de alta da Bolsa, pois o touro chifra para cima. A estátua fica ao sul da ilha de Manhattan. A versão brasileira foi instalada em frente ao prédio da Bolsa, na rua 15 de Novembro.
O touro se contrapõe a outro símbolo financeiro, o urso, animal que tudo derruba com sua patada e representa os momentos de queda no mercado de ações.
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O Touro de Ouro, nome da réplica que está em São Paulo, foi idealizado em parceria com o sócio da XP e presidente da empresa de educação financeira Touro, Pablo Spyer -também conhecido por apresentar o programa Minuto Touro de Ouro, na Jovem Pan–, e concebido pelo artista plástico e arquiteto Rafael Brancatelli.
A peça, diz a B3, "simboliza o mercado financeiro e a força do povo brasileiro".
Construído sobre uma estrutura metálica tubular com multicamadas de fibra de vidro de alta densidade e pintura de alta temperatura anticorrosiva dourada, o touro tem 5,1 metros de comprimento, 3 metros de altura e 2 metros de largura.
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A inauguração vem acompanhada de uma campanha publicitária enfatizando que a escultura, mais do que um símbolo do mercado, "representará especialmente as características da população brasileira", diz a B3, em nota.
A campanha será protagonizada por quatro pessoas comuns que contarão como a decisão de terem se tornado investidoras impactou suas vidas.
No mês de outubro, a B3 atingiu a marca de 4 milhões de contas de pessoas físicas em renda variável.
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De acordo com Gilson Finkelsztain, presidente da B3, uma das motivações para o projeto é contribuir com a recuperação do centro de São Paulo e fortalecer a ideia de que o país tem força para avançar na retomada econômica.
"O Touro de Ouro representa a força e a resiliência do povo brasileiro. A B3 está trazendo esse novo símbolo para valorizar não apenas o centro de São Paulo, mas o desenvolvimento do mercado de capitais do Brasil", disse Finkelsztain.
Entre as atrações turíscas mais visitadas de Nova York, a escultura original é reconhecida no mundo dos négócios como um símbolo do mercado financeiro e de sorte -diz a lenda que coçar o focinho, agarrar seu chifres ou testículos traz boa sorte.
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O touro nova-iorquino também é frequentemente escolhido como alvo dos protestos de críticos do capitalismo.
Apesar da fama atrelada à prosperidade no mundo das finanças, chegou ao centro do mundo capitalista em um momento de crise. O touro foi esculpido pelo artista italiano Arturo di Modica, que o instalou ilegalmente em frente à Bolsa de Valores de Nova York, após a quebra de 1987.
Di Modica transportou sua escultura em um caminhão em dezembro de 1989 até o sul de Manhattan e a deixou sob uma árvore de Natal em frente à Bolsa de Valores de Nova York. Foi seu presente de Natal para os nova-iorquinos, como um símbolo da força e poder do povo.
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O presente gerou debates e instafisfações, mas foi aceito pela cidade algumas semanas depois. Em 1989, foi instalado ao norte do parque Bowling Green, no cruzamento da Broadway, onde está até hoje.
O artista morreu em 20 de fevereiro deste ano, aos 80 anos, em sua casa em Vittoria, perto de Ragusa, no sul da Sicília. Di Modica lutava contra um câncer há alguns anos.
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