Entre em nosso grupo
2
Cotidiano
A tentativa de invasão ocorre após protestos de servidores contra a reforma da Previdência municipal votada nesta quarta-feira
10/11/2021 às 21:18
Continua depois da publicidade
Manifestação contra reforma da Previdência em SP | Bruno Rocha/Folhapress
Manifestantes que protestavam nesta quarta-feira (10) contra a reforma da Previdência municipal se envolveram em uma confusão com a polícia ao tentarem invadir o prédio da Câmara Municipal de São Paulo. A Guarda Civil Metropolitana precisou intervir com bombas para dispersar o ato.
Continua depois da publicidade
O projeto prevê que, enquanto houver déficit no regime da Previdência, aposentados e pensionistas que ganhem acima do salário mínimo (hoje de R$ 1.100) e abaixo do teto do INSS (atualmente de R$ 6.433,57) deixem de contar com a isenção de contribuição.
A cobrança dos inativos será sobre os valores que superem o salário mínimo, incluindo servidores da administração indireta. Essa alíquota, de 14%, já incide sobre aposentados e pensionistas que ganham acima do teto do INSS.
Continua depois da publicidade
Os servidores começaram a se concentrar em frente à Casa, que fica no centro da cidade, no começo da tarde. Conforme a sessão se desenrolava tensa do lado de dentro, do lado de fora houve confusão envolvendo servidores e a Guarda Civil Metropolitana.
Segundo o sindicato dos servidores, uma manifestante fraturou a perna no momento em que a GCM atirou bombas contra a multidão.
A prefeitura afirmou que a GCM começou a agir para dispersar manifestantes que tentaram entrar na Câmara.
Continua depois da publicidade
Segundo a prefeitura, "a Guarda Civil Metropolitana está atuando com reforços no entorno da Câmara Municipal, visando garantir a segurança do local, dos manifestantes e servidores do legislativo municipal. Os agentes sofreram investidas dos manifestantes, que buscavam adentrar o prédio. Os protocolos de uso progressivo da força foram utilizados para conter a situação e evitar danos".
Durante a sessão, houve diversas discussões entre vereadores de esquerda e o relator do orçamento, Rubinho Nunes (PSL), membro do MBL (Movimento Brasil Livre).
Rubinho foi acusado de estimular as galerias a interromper a fala da vereadora Silvia da Bancada Feminista, do PSOL. Na ocasião, Elaine do Quilombo Periférico apontou o dedo para o rosto do deputado, e a sessão ficou suspensa por dois minutos.
Continua depois da publicidade
Vereadores do PSOL acusaram o governo de compra de votos e de ameaçar membros da base. "Em outras sessões, o próprio Milton Leite [DEM, presidente da Casa] falou em público para todo mundo escutar. Vão votando rapidinho, senão vão perder os cargos", disse Toninho Véspoli.
"Parem de patifaria, isso aí se chama sim compra de voto. Compra de voto, não é só com dinheiro não, compra de forma se faz de várias maneiras, cargo na prefeitura, cargo no governo", completou ele.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade