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Cotidiano
Prefeitura investirá R$ 23 milhões e a Sabesp, R$ 60 milhões; ponte deverá ser entregue em janeiro de 2022
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Córrego Itaquera | Edson Lopes Jr./Secom
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), anunciou nesta quinta-feira a construção até janeiro de 2022 de uma ponte sobre o córrego Itaquera, na comunidade Iguatemi/Souza Ramos, na zona leste da Capital, além de revitalização e contenção das margens do córrego. Para as obras, serão destinados R$ 83 milhões, sendo R$ 23 milhões da prefeitura e R$ 60 milhões da Sabesp.
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“A situação aqui está triste. As pessoas têm que passar por dentro do córrego, se molhando em água de esgoto e se sujeitando a contrair doenças. Fiz questão de solucionar esse problema. Vamos fazer uma ponte e revitalizar todo o córrego”, disse Nunes.
A Prefeitura de São Paulo anunciou que vai construir, até janeiro do próximo ano, duas pontes, fazer a drenagem e contenção das margens do córrego Itaquera e construir 1,5 quilômetro de calçadas no trecho lindeiro à estrada do Iguatemi. A obra é uma solicitação antiga dos moradores da região e facilitará a todos da comunidade que precisam fazer a travessia para atendimento nas redes de saúde, escolas, comércio e serviços gerais.
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Caberá à Sabesp fazer a drenagem de todas as bacias, a limpeza do córrego e as ligações de água e esgoto de 123 moradias. Segundo o superintendente da unidade de negócios Leste da Sabesp, Maycon Abreu, a empresa investirá cerca de R$ 60 milhões nas obras, com previsão de término em 2023.
Doenças
A falta de uma ponte sob o córrego obriga os moradores a andarem pelas águas do córrego para chegar às escolas, postos de saúde, comércio e até para pegar transporte coletivo. A inexistência da ponte obriga as pessoas caminharem cerca de 30 a 40 minutos para a chegarem à avenida. Segundo Roseclea de Matos Pedro, moradora há sete anos na região, a demora em atravessar o córrego não é o principal problema da população.
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O que preocupa mais são as doenças. “Crianças, idosos, mulheres grávidas e até deficientes tem que passar por dentro do córrego, exposto a bactérias e germes perigosos que podem até matar”, disse.
Kelli Soares da Silva tem filhos que estudam do lado oposto onde mora, e ela explicou ao prefeito Ricardo Nunes o sofrimento da população. “Para estudar eles têm que atravessar o córrego. Já tiveram doenças por causa da água de esgoto com manchas em todo o corpo. A minha filha nem vai à escola porque tem vergonha das manchas”.
Por ser deficiente, Kassia Carolina da Conceição ficou feliz com a notícia da construção a ponte. “Hoje meus filhos fazem a travessia pelo córrego. Um deles vive com alergia na pele porque faz isso várias vezes todos os dias para ir à escola, mercado ou farmácia. Pra mim, vai ser muito importante, porque assim poderei atravessar a ponte e ir onde preciso”.
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Já a diretora da EMEF Saturnino Pereira, Rute Rodrigues dos Reis, que atende as menores da comunidade, a situação impacta os serviços públicos da região. “Toda criança tem que atravessar o córrego para ir à escola. São três unidades da rede municipal. Em dias de chuva, as crianças não conseguem chegar, porque na caminhada é em torno de 35 a 40 minutos, aí passam por dentro do córrego e impacta no serviço de saúde com diarreia isso tem muito a ver com o contato com essa água suja. É uma situação extremamente precária”.
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