A+

A-

Alternar Contraste

Quinta, 19 Setembro 2024

Buscar no Site

x

Entre em nosso grupo

2

WhatsApp
Home Seta

Cotidiano

Barroso, sobre Telegram: 'Não gosto da ideia de banir plataforma'

Apesar do comentário, o ministro também disse que 'não gosta da ideia de haver venda de armas em uma plataforma'

Bruno Hoffmann

03/02/2022 às 12:27

Continua depois da publicidade

Compartilhe:

Facebook Twitter WhatsApp Telegram
Luís Roberto Barroso é ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

Luís Roberto Barroso é ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) | /Fabio Rodrigues Pozzebom /Agência Brasil

O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) disse que "não gosta da ideia de banir uma plataforma", se referindo à proibição do uso do aplicativo de mensagens Telegram no Brasil. A declaração foi dada por Barroso em entrevista ao "Estadão" em Washington, nos Estados Unidos.

Continua depois da publicidade

Apesar do comentário, o ministro também disse que "não gosta da ideia de haver venda de armas em uma plataforma". O comentário foi feito por Barroso após ele ser questionado sobre o banimento do Telegram, mas ele não citou o aplicativo de mensagens expressamente.

"Não gosto da ideia de banir uma plataforma, mas também não gosto da ideia de haver venda de armas em uma plataforma, por exemplo", afirmou Barroso.

Continua depois da publicidade

A discussão sobre o uso do aplicativo no Brasil ocorre em meio às discussões de bastidores sobre o disparo de mensagens por meio da ferramenta nas eleições deste ano. O principal temor se deve à disseminação de notícias falsas no período eleitoral. Para evitar o problema com a desinformação, plataformas como Facebook, WhatsApp e TikTok fizeram parcerias com a Justiça Eleitoral. O Telegram, porém, não tem representante no País.

Em tentativas de contatos com a empresa, o Telegram não respondeu ao pedido de reunião feito pelo presidente do TSE em dezembro, o que acabou se tornando um território fora do controle da Justiça brasileira.

O aplicativo russo não tem limite para o encaminhamento de mensagens e o número de pessoas presentes em grupos pode chegar a 200 mil, ao contrário do que acontece no WhatsApp, por exemplo, que restringe essa quantidade. "O grande fator de desestabilização democrática no mundo tem sido o uso abusivo das redes sociais", disse Barroso.

Continua depois da publicidade

A flexibilidade maior do Telegram tornou o aplicativo preferido de bolsonaristas para contato com suas bases. "Qualquer ator relevante na comunicação social tem que estar sujeito à Justiça brasileira", afirmou o presidente do TSE, em referência ao aplicativo russo, mas sem citá-lo nominalmente.

Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou a ofensiva da Justiça brasileira contra Telegram. "É covardia o que estão tentando fazer com o Brasil", disse ele a apoiadores no Palácio da Alvorada.

Barroso viajou a Washington para receber relatório da missão da OEA (Organização dos Estados Americanos) de observação que acompanhou as eleições municipais de 2020 no Brasil. No documento, a organização diz observar "com preocupação os ataques infundados ao órgão eleitoral por meio de notícias falsas", o que "não contribui para a saúde democrática do País".

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Conteúdos Recomendados