Vitórias-régias podem ser vistas no jardim do Instituto de Biociências da USP
Lar de uma grande diversidade de plantas e famílias botânicas, o fitotério do Instituto de Biociências (IB) da USP, no bairro do Butantã, em São Paulo, vêm recebendo visitas por um motivo inédito:
A primeira florada das vitórias-régias, maiores flores das Américas, alcançando 30 cm de diâmetro e 70 pétalas, que estão sendo cultivadas no local.
As 70 pétalas se abrem em momentos específicos; melhores horários para visitá-las são de manhã, até às 10h, e no período da tarde, depois das 16h.
Como a planta amazônica se adaptou a São Paulo?
Cultivo de vitória-régia tem sido feito com sucesso devido ao fato de o clima da cidade ter ficado mais quente na última década, como destaca José Rubens Pirani, professor da USP.
Ele, que é curador do fitotério, explica que cada flor abre por apenas dois dias: floresce no fim da tarde e fica aberta durante a noite, quando é visitada por insetos.
E fecha-se na manhã seguinte, reabrindo apenas mais uma vez, novamente à noite.
Depois desse breve ciclo, ela se fecha definitivamente e afunda, com o fruto produzido submerso liberando a semente na água.
Como é o cultivo no fitotério?
São quatro vitórias-régias no fitotério que estão com folhas enormes, chegando a um metro de diâmetro e florescendo desde o dia 28 de fevereiro.
Chriss Cass, estagiário do Laboratório de Anatomia do Departamento de Botânica, doou as mudas da maioria das plantas aquáticas do lago em que estão as vitórias-régias e tem atuado no cultivo delas.
Formado em Artes Plásticas pela USP, ele trabalha em um projeto de pesquisa em Artes Visuais, no eixo Arte-Botânica, voltado para a produção de experimentos poéticos sobre imagens e materialidades dos organismos vegetais.
Fitotério do IB fica na Travessa 13 da Rua do Matão, no campus do Butantã da USP, em São Paulo. Fotos: Pexels (imagens ilustrativas)