Jornalista passa um mês sem proteção no smartphone para testar
Com os avanços na resistência dos smartphones, o uso das tradicionais capas de proteção vêm sendo questionado.
Seriam elas realmente indispensáveis? Empresas de tecnologia não fazem questão de vendê-las, mas certamente não reclamam quando você compra.
Para investigar o tema, o jornalista Thomas Germain, da BBC, passou um mês usando seu celular sem proteção - ciente de que o jornal não se responsabilizaria por eventuais danos.
Movimento contra as capinhas - existem usuários que defendem o uso dos celulares sem capas, alegando que o design moderno e minimalista dos aparelhos é prejudicado com a proteção extra.
Um amigo do jornalista que vez o teste afirmou: 'Eles fabricam celulares mais resistentes agora. Eu deixo o meu cair o tempo todo, e está tudo bem'.
De fato, os smartphones atuais são muito mais robustos que seus antecessores; mesmo assim, a maioria das pessoas continua optando pelo uso de capas.
Entre os adeptos, exibir o celular sem proteção virou também um símbolo de status - um jeito de mostrar toda a beleza de um produto que representa o ápice da tecnologia.
Vidro mais resistente - boa parte dos smartphones da Samsung, Xiaomi, Sony, Google e Motorola utilizam Gorilla Glass, vidro que é usado no visor do celular fabricado pela americana Corning.
Processo de produção envolve a imersão do vidro em um banho de sal fundido a 400°C; 'extrai íons menores, como o lítio, e os substitui por íons maiores, como o potássio', explica diretora de tecnologia da Corning.
Essa troca cria uma camada de tensão compressiva que dificulta a propagação de trincas, tornando o vidro mais resistente a impactos.
Teste de resistência - de acordo com Germain, o produto mais recente da Corning, usado no Galaxy S25 Ultra - o Gorilla Armor 2 - resistiu a quedas de até 2,2 metros em testes de laboratório.
Ainda assim, ele faz um alerta: 'os aparelhos não são indestrutíveis, sempre há situações em que uma fissura se forma ou o impacto é forte o suficiente para causar danos.'
Vale a pena arriscar? Durante o experimento de um mês, o smartphone de Germain sofreu apenas uma queda significativa, no 26º dia.
Ao sair apressado de casa, o aparelho escorregou das mãos e desceu batendo três vezes pela escada até parar no último degrau.
O dano? Um pequeno corte em uma das laterais do iPhone.
A conclusão do jornalista resume bem o dilema: é possível viver sem capinha, mas exige sangue frio - e talvez uma dose de sorte.
E aí, teria coragem de abandonar sua capinha? Fotos: Pexels