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Aviação regional vira tendência

A busca por turismo regional aumentou em 2021; pandemia e distanciamento social facilitam viagens mais curtas

23/12/2020 às 19:20  atualizado em 25/12/2020 às 10:35

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 No litoral norte paulista, a viagem de carro leva 3h30 - e de avião, saindo de São Paulo, menos de uma hora

No litoral norte paulista, a viagem de carro leva 3h30 - e de avião, saindo de São Paulo, menos de uma hora | Everton Souza/Unsplash

Aviões gigantes, capazes de levar centenas de passageiros, que cruzam grandes distâncias: eles não são os únicos que cruzam os ares levando turistas. A aviação regional, com aeronaves menores, vem se destacando, e tem tudo para ser uma das tendências do turismo nos próximos anos.

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A pandemia tem grande participação nisso: a busca pelo turismo de curtas distâncias, ou para cidades menores, vem aumentando nos últimos meses, e por uma razão interessante. Locais menos conhecidos não reúnem muitas pessoas, tudo o que se espera em época de distanciamento social.

É aí que as empresas aéreas descobriram um filão a ser explorado. Algumas cidades turísticas de porte médio até têm aeroportos, mas não têm estrutura para receber grandes aeronaves, como as da Boeing e Airbus. São aviões menores, que levam até 70 passageiros (há algumas que têm capacidade para apenas dez) que dominam esses ares mais de interior, e que estão fazendo parte da frota de companhias aéreas como a Azul.

Assim, a nova Azul Conecta consegue levar turistas de São Paulo até Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Não que esse trecho não possa ser feito de carro: são 225 km feitos em aproximadamente 3h30, sem trânsito. De avião, o trajeto leva menos de uma hora até chegar ao Aeroporto Estadual de Ubatuba. A cidade faz divisa com o Rio de Janeiro, e tem praias muito conhecidas, como a das Toninhas, de Itamambuca, Picinguaba e a de Maranduba.

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De São Paulo sai também o voo para Angra dos Reis (RJ). De carro, são 405 km e quase seis horas de volante. De avião, até o Aeroporto de Angra, são 1h15 de voo. Além da orla marítima, o turismo em Angra fica mesmo por conta das 365 ilhas que fazem parte da paisagem. Algumas delas, como a Ilha Grande, que é a maior do arquipélago, tem praias incríveis. A da Gipoia é rica em vegetação e praias de águas límpidas.

Macaque in the trees
ANGRA DOS REIS. No litoral sul do Rio de Janeiro, a cidade tem uma particularidade: um arquipélago de 365 ilhas, algumas maiores, como a Ilha Grande, e outras bastante conhecidas, como a da Gipoia, bastante frequentada

Já para se chegar a Guarapari (ES), o voo sai do aeroporto de Confins, em Belo Horizonte (MG) e leva 1h40 até o aeroporto da cidade. Guarapari é uma das principais cidades turísticas capixabas, e suas praias têm areia monazítica, que é mais escura e chama a atenção dos turistas.

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Guarapari. O litoral do Espírito Santo reserva uma preciosidade: a cidade tem praias muito visitadas, e um clima quente durante quase todo o ano - além de boa infraestrutura turística. Voos saem de Belo Horizonte, do aeroporto de Confins, e têm 1h40 de duração

No Rio Grande do Sul, a serrana Canela também faz parte da rota de turismo regional. A cidade tem aquele clima ameno de altitude, além da tradicional arquitetura alemã. De avião, partindo de Porto Alegre, o voo dura 40 minutos, e no roteiro, há parques temáticos como o Alpen Park e o Mundo a Vapor, a tradicional Catedral de Pedra, toda em estilo gótico, e o Parque Estadual do Caracol que tem, além da Mata Atlântica, uma queda d'água de 131 metros de altura.

Macaque in the trees
CANELA. Localizada na serra gaúcha, a cidade atrai turistas pelo clima ameno e a natureza exuberante. Voos saem de Porto Alegre até o aeroporto da cidade e levam 40 minutos para chegar. Entre os atrativos, parques temáticos, o parque Estadual do Caracol e a Catedral de Pedra

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