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Polícia
Caso ocorreu na última segunda-feira (30/12) em um supermercado de São Paulo
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Natuza Nery ainda não se pronunciou sobre o caso | Marcos Serra Lima/G1/Divulgação
A corregedoria da Polícia Civil do estado de São Paulo investiga uma denúncia de ameaça feita por um agente contra a jornalista da Globo, Natuza Nery.
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O caso ocorreu na noite da última segunda-feira (30/12), em um supermercado da região de Pinheiros, em São Paulo, mas veio à tona após matéria publicada no fim da noite de terça-feira (31/12) na coluna de Mônica Bergamo, na Folha de São Paulo.
Segundo informações da coluna, o policial civil Arcenio Scribone Junior abordou a jornalista que estava fazendo compras e passou a perturbá-la. O agente teria dito que a Globo é uma das culpadas pelos problemas do País e que pessoas como Natuza, mereciam “ser aniquiladas.”
O policial teria procurado a jornalista novamente no caixa do estabelecimento para xingá-la. Foi quando a Polícia Militar foi acionada. Segundo a coluna, o agente teria negado a ameaça em conversas com PMs, mas em depoimento na delegacia, preferiu se manter em silêncio.
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Procurada pela Gazeta, a Secretaria de Segurança Pública afirmou que a Polícia Civil instaurou inquérito para apurar o caso, que está sob comando da corregedoria. Ainda segundo a nota, foram feitas diligências no supermercado em busca de imagens e testemunhas.
A SSP também informou que foi aberta uma investigação administrativa e o agente pode ser afastado.
A jornalista Natuza Nery ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso. Nas redes sociais, jornalistas e artistas publicaram mensagens de repúdio às ameaças e de solidariedade à profissional.
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O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), também se pronunciou. “O ataque sofrido por Natuza Nery, em razão do simples exercício diário de seu ofício, exige pronta resposta do poder público, em especial dos órgãos de persecução penal”, publicou no X, antigo Twitter.
No mês de agosto, em São Bernardo do Campo, o vereador bolsonarista Paulo Eduardo Lopes, conhecido como Paulo Chuchu (PL), teria ameaçado com arma um repórter do Diário do Grande ABC.
Foi aberta uma investigação da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara. Ele chegou a perder o prazo de apresentação de defesa sob risco de ser cassado.
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Paulo Chuchu não estará na Câmara no próximo ano. Ele foi candidato a vice-prefeito de Alex Manente (Cidadania) nas Eleições de 2024, mas a chapa foi derrotada.
Em entrevista ao Gazeta, em outubro, o político negou a ameaça e afirmou que o processo na comissão de ética era uma vingança da base do prefeito e que iria “expor muita gente.”
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