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Cotidiano

Como manter a saúde mental na pandemia

O Janeiro Branco é uma iniciativa de um grupo de psicólogos para lembrar a importância de prestar mais atenção à nossa saúde mental

25/01/2021 às 10:48  atualizado em 26/01/2021 às 13:00

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É importantíssimo prestar atenção a alguns sintomas para buscar ajuda o quanto antes

É importantíssimo prestar atenção a alguns sintomas para buscar ajuda o quanto antes | Igorvetushko

Janeiro é o mês dos (re)começos, de se estabelecer metas para um ano mais produtivo – mas na lista dos objetivos para 2021 é difícil alguém colocar algo como “não ser ansioso ou depressivo”. É por isso que janeiro foi escolhido como o mês de se cuidar da saúde mental, especialmente em tempos de coronavírus.

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“Agora com a pandemia, o tema saúde mental nunca foi tão importante, porque todas as consequências das transformações aumentaram muito os fatores estressores aos quais estamos expostos”, explica o psiquiatra Guido Boabaid May, do corpo clínico do hospital Albert Einstein.

Duas das doenças mentais mais comuns são a depressão e ansiedade – a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, no Brasil, 5,8% da população tenha depressão, e 9,3%, ansiedade. E elas se instalam aos poucos, o que faz muitas pessoas não darem a devida atenção aos seus sintomas. “A depressão, em geral, começa leve e vamos nos acostumando com ela, não percebe que vamos ficando diferentes, e nossa vida vai ficando pior. Podemos levar vários anos até buscar ajuda, e entre 60% a 70% das pessoas nem chega a procurar ajuda, e estão por aí sofrendo com seus sintomas desnecessariamente”, diz. O mesmo acontece com a ansiedade.

A pandemia, com todas as restrições e novidades, mudou muito rapidamente nosso jeito de viver, e isso causa medos variados, como o de morrer, ficar doente, perder o emprego, perder familiares e amigos. “Em uma certa medida, é normal que a maioria de nós tenha experimentado essa ansiedade e essas sensações de tristeza, que até um certo nível fazem parte da nossa resposta psicológica e emocional de adaptação. Mas quando essas emoções fazem nosso sono piorar, mudar nosso apetite, cruzamos a fronteira para um território patológico, que precisa de ajuda médica e ou psicológica”, diz.

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As causas da depressão e ansiedade, de acordo com May, são mudanças orgânicas e biológicas no cérebro, que causam alterações no seu funcionamento. Por isso é importantíssimo prestar atenção a alguns sintomas para buscar ajuda o quanto antes. O psiquiatra elenca alguns da depressão: tristeza, desânimo, falta de interesse pelas coisas, de energia, vontade de chorar, pessimismo, baixa autoestima, insônia, diminuição do apetite, da libido, perda da alegria de viver. Ele elenca também os da ansiedade: ataques de pânico, fobias, desconforto, sintomas físicos, aceleração de pensamento, nervosismo, irritabilidade, insônia e tensão.

E não é fraqueza procurar ajuda de um profissional da área, como psicólogos, psiquiatras e terapeutas, assim que aparecerem os primeiros sintomas. “No século 21, nosso desafio é vencer o preconceito, os estigmas, a desinformação. Não é vergonha pra ninguém, pode acontecer com qualquer um de nós”, aconselha May. Mas há atitudes que podem ajudar nossa saúde mental nesses tempos de pandemia. “Manter a rotina de sono, boa alimentação, socializar dentro do possível com pessoas positivas, acolhedoras, não mais alarmistas do que nós, manter-se longe de notícias sensacionalistas ou falsas, eleger boas fontes de informação e lançar mão de todas as medidas preventivas”, completa.

O medo na pandemia

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Um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com outras associações médicas, a Universidade do Texas e a Mackenzie, entrevistou mais de 200 mil profissionais de saúde para saber como a Covid-19 vem impactando as suas vidas. O resultado: o medo foi o mais apontado pelos participantes, especialmente o de levar o vírus para sua família. Em alguns casos graves de medo por parte dos respondentes, eles eram alertados sobre a necessidade de procurar ajuda profissional. Essa pesquisa será feita de seis em seis meses, para avaliar como a pandemia vem mexendo com a saúde mental das pessoas.

O quebra-cabeças da mente

Mudanças na química do cérebro podem causar doenças mentais, como a ansiedade e depressão, as mais conhecidas e frequentes na população mundial. Mas há outras que fazem parte do rol, como o transtorno bipolar, quando a pessoa oscila entre sintomas de depressão e sintomas de euforia exagerada, e as que entram na lista das doenças psicóticas, como a esquizofrenia, que é bem mais rara. Em qualquer caso, é importante procurar ajuda ao notar sintomas persistentes, e que não passam com o decorrer do tempo. E há algumas providências que podemos tomar para manter a mente em ordem:

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- Rotina de sono;
- Boa alimentação;
- Ter contato com pessoas positivas;
- Informar-se em fontes confiáveis;
- Usar máscara, álcool em gel e ter distanciamento social;
- Praticar exercícios físicos.

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