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Política

Vereadores de São Paulo podem permitir prédios em bairros só de casas

Câmara deve votar emenda para permitir construção de prédios altos em Zonas Exclusivamente Residenciais

Bruno Hoffmann

11/12/2024 às 17:00  atualizado em 11/12/2024 às 17:06

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Vista aerea do bairro do Brooklin

Vista aerea do bairro do Brooklin | Rubens Chaves/Folhapress

A Câmara de São Paulo deve votar nos próximos dias uma emenda à Lei de Zoneamento para permitir a construção de prédios altos em Zonas Exclusivamente Residenciais (ZER). O texto foi apresentado nesta terça (10/12) pelo vereador Isac Félix (PL).

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A emenda foi posta a público durante uma audiência pública sobre a alteração do Plano Diretor e a ampliação de um aterro sanitário em São Mateus, na zona leste da cidade.

Essa alteração poderia modificar radicalmente, na prática, o zoneamento de uma série de regiões da cidade, como o Alto de Pinheiros, o Morumbi, a Vila Nova Conceição e o Pacaembu.

Vereador já tinha feito mesma tentativa

Há cinco meses, Félix fez uma tentativa semelhante. O trecho, porém, foi alvo de críticas de associações de moradores e acabou vetado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB).

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A emenda, apresentada na época, retirava a proteção das ZERs em áreas de corredores de ônibus e metrô na cidade e transformava tudo em Zona de Estruturação Urbana (ZEU), permitindo a construção de prédios sem limite de tamanho em bairros só de casas e edifícios baixos.

Félix também foi o parlamentar que propôs a liberação de um megatemplo evangélico no Alto de Pinheiros, proposta barrada por liminar na Justiça.

Associação se revolta

A Associação de Moradores da Vila Nova Conceição (AMVNC), bairro que pode ser afetado pela medida, publicou um texto contra a emenda.

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“No apagar das luzes do ano, sem discussão pública, desqualificando o debate de mais de um ano sobre o tema, uma série de projetos que mexem em mapas e legislação urbana estão em pauta, a ordem é clara: esvaziar as gavetas!”, diz o texto da AMVNC.

A associação diz haver “interesses poderosos” para a construção de um prédio no quarteirão da rua João Lourenço.

“Esse empreendimento descaracterizará para sempre o nosso bairro. Para além de prédios, haverá mais trânsito, menos árvores, menos área permeável. O fim da Vila Nova como a conhecemos será selado”, finaliza o texto.

A reportagem da Gazeta entrou em contato com o parlamentar, que não respondeu até o fechamento deste texto.

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