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Política
Vaias contra Filipa Brunelli (PT) começaram após ela dizer que será oposição ao governo do prefeito Dr. Lapena (PL); assista ao vídeo
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Filipa Brunelli durante posse na Câmara de Araraquara | Reprodução/Youtube
A vereadora transexual Filipa Brunelli (PT) foi vaiada durante o discurso de posse na Câmara de Araraquara, no interior de São Paulo, nesta quarta-feira (1º/1). Ela foi reeleita para o cargo.
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As vaias começaram após ela dizer que será oposição ao governo do prefeito Dr. Lapena (PL).
“[a atual gestão] Se elegeu sustentada por uma ideologia conservadora, alinhada ao retrocesso e à defesa de figuras políticas violadoras de direitos humanos”, disse, quando foi interrompida pelos apupos de parte da plateia.
O presidente da Câmara, Rafael de Angeli (Republicanos), precisou intervir e pedir para o auditório fazer silêncio. Ele destacou que a Casa tem um caráter plural.
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“Vamos respeitar a fala de todos. Aqui temos direita, centro-direita, centro, centro-esquerda e esquerda. Todos estão representados nesta tarde”, afirmou.
A vereadora terminou o discurso logo depois, também voltando a pedir respeito.
Pelas redes sociais, Brunelli disse que foi chamada de “traveco” e outros termos transfóbicos durante o discurso.
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“Fui interrompida não só por vaia, mas por algo mais cruel: o ódio estampado nos olhos de quem fazia sinal de arma e bradava com desprezo: ‘Sai fora, traveco’”, escreveu.
“Finalizei meu discurso no grito, porque não havia outra forma de expor a violência que permeia nossas vidas e espaços”, disse ainda.
O prefeito não se pronunciou sobre o caso.
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Nascida em Araraquara, Brunelli tem 32 anos e inicia o seu segundo mandato após ser reeleita com 1.747 votos. Ela havia sido assessora municipal de Políticas LGBT antes de se eleger vereadora pela primeira vez, em 2020, tornando-se a primeira mulher trans a ocupar uma vaga na Câmara Municipal.
Ela se formou em sociologia, e tem o tema dos direitos humanos como prioridade na vida política.
“A cerimônia de posse dos vereadores eleitos de São Paulo também teve vaias. O clima esquentou quando foi chamada a última vereadora, Zoe Martínez (PL), que bradou: ‘Viva Bolsonaro, viva São Paulo, viva a liberdade e viva o Brasil!’”
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Vereadores de esquerda e parte do público reagiu com vaias, que depois se transformaram em gritos de “sem anistia”, em referência aos presos pelos atentados de 8 de janeiro de 2023.
“Começou cedo, hein”, ironizou o vereador Eliseu Gabriel (PSB), presidente da sessão solene.
Depois ele pediu silêncio e calma aos parlamentares. Chegou a brincar não empossar ninguém se os vereadores não se acalmassem. Na sequência, declarou todos empossados.
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