Vereadora de 'lei anti-Oruam' entra em discussão com Podpah e MC Hariel

A vereadora Amanda Vettorazzo (União Brasil) gravou um vídeo nesta quinta-feira (13/1) para responder MC Hariel e os apresentadores do Podpah, Igão e Mítico, que criticaram a “lei anti-Oruam”, proposta pela parlamentar em São Paulo.

O que aconteceu

Segundo Amanda, o trio “não entendeu absolutamente nada” do teor do projeto apresentado na Câmara Municipal.

Ela defendeu que a proposta busca que os jovens não entrem no crime organizado ao evitar a propagação do "lifestyle" criminoso.

O que Hariel, Igão e Mítico disseram

MC Hariel, Igão e Mítico concordaram na terça-feira (11/2) que o projeto da parlamentar era preconceituoso, e que Oruam decidiu seguir a vida artística em vez de buscar o crime.

“Ele escolheu ser cantor, e o sistema não aceita isso [ele ter uma vida artística apesar de ser filho de um ex-líder do Comando Vermelho]”, disse Hariel durante participação no Podpah.

O projeto

A vereadora apresentou no fim de janeiro um projeto de lei cujo objetivo é proibir que a Prefeitura de São Paulo contrate artistas que façam apologia ao crime ou ao uso de drogas. Ela chegou a receber ameaças após o anúncio.

A parlamentar disse que pretendia “proibir o Orum de fazer shows em São Paulo”, e a proposta ganhou o apelido de “projeto anti-Oruam”.

Poucos dias depois, o deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil) apresentou um PL semelhante no Congresso. Amanda e Kataguiri fazem parte do MBL (Movimento Brasil Livre).

Oruam se pronunciou

Filho de Marcinho VP, ex-chefe do Comando Vermelho, Oruam disse que a proposta é uma forma de tentar criminalizar o funk, o rap e o trap.

"Coincidentemente, o universo fez um filho de traficante fazer sucesso, eles encontraram a oportunidade perfeita para isso. Virei pauta política. Mas o que vocês não entendem é que a lei anti-Oruam não ataca só o Oruam, mas todos os artistas da cena", afirmou o artista.