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Política

Vereador bolsonarista diz ser alvo de 'vingança' no ABC

Alvo de processo que pode levar à cassação de mandato, Paulo Chuchu prometeu 'expor muita gente' durante a defesa na Câmara Municipal

Bruno Hoffmann

31/10/2024 às 17:59  atualizado em 31/10/2024 às 18:21

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O vereador Paulo Chuchu é alvo de um processo de investigação em São Bernardo do Campo

O vereador Paulo Chuchu é alvo de um processo de investigação em São Bernardo do Campo | Reprodução/Facebook

O vereador Paulo Chuchu (PL) disse ser alvo de “vingança” da base do atual prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando (PSDB), após a abertura de uma investigação contra ele na Câmara Municipal da cidade. O parlamentar é acusado de ameaçar um jornalista.

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Chuchu é próximo ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e foi candidato a vice de Alex Manente (Cidadania) à Prefeitura de São Bernardo. Marcelo Lima (Podemos) foi eleito prefeito na cidade, com apoio de Morando no segundo turno.

“Fui candidato a vice, numa eleição bem acalorada. Com o resultado, a base do prefeito se juntou para uma breve vingança, uma última punhalada”, afirmou nesta quinta à reportagem da Gazeta.

Ele também prometeu “expor muita gente” durante a defesa na Câmara. “Igual o Capitão Nascimento no Tropa de Elite 2”, garantiu.

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O que aconteceu

A Câmara aprovou na última terça-feira (29/10) por 19 votos a 6 requerimento para apurar a ameaça a um jornalista do Diário do Grande ABC.

Segundo a denúncia, Chuchu mostrou uma arma para um repórter em 21 de agosto deste ano, após questionar o profissional de forma insistente em quem ele votaria nas eleições municipais.

Como o jornalista se recusou a responder, o parlamentar passou a chamá-lo de “petista”. Neste momento, Chuchu teria sacado uma arma e dito: “É melhor tomar cuidado com o que responde. Ainda bem que eu tenho porte de arma”.

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Chuchu nega a acusação

Segundo o político, ele estava armado por ser policial, mas não fez qualquer tipo de ameaça.

“Não mostrei a arma. Ele viu um volume na minha cintura e disse que seria uma arma. Sou obrigado a andar armado por ser policial”, se justificou.

“Foi uma brincadeira que estávamos fazendo. ‘Você é petista? Não quer votar na gente?’. Foi em tom de brincadeira”, afirmou.

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Ele também reclamou que até hoje não houve representação do boletim de ocorrência para poder se defender oficialmente.

Chuchu concorreu como vice nas eleições municipais deste ano, e seu mandato como vereador segue apenas até 31 de dezembro. Ou seja, há a possibilidade de ele ser cassado a menos de dois meses do fim do mandato.

O caso agora segue para análise da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara.

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