Entre em nosso grupo
2
Política
Ao menos 6 candidatos a vereador na Capital têm como religião a umbanda ou o candomblé; veja quais são
Continua depois da publicidade
A umbanda e o candomblé juntos são a quarta maior religião do Brasil | Fernando Frazão/Agência Brasil
A umbanda e o candomblé juntos são a quarta maior religião do Brasil, mas não têm qualquer representante na Câmara de São Paulo. Pelo menos seis candidatos se lançaram em busca dessa fatia do eleitorado, que está atrás em praticantes dos católicos, dos evangélicos e dos espíritas.
Continua depois da publicidade
Um dos nomes é Dr. Basílio (PDT), que nasceu em família umbandista e disse ter auxiliado, como advogado, a evitar a perda de direitos dos praticantes da religião.
Segundo ele, uma das suas ações foi a de barrar que templos de umbanda e de candomblé fossem multados pela prática de fumo de cigarros, cachimbos e charutos – comum para as atividades espirituais dentro dos terreiros.
“São Paulo é uma cidade de diversidade e resistência. Ter um representante da religião de matriz africana na Câmara dos Vereadores significa garantir que nossa voz seja ouvida e respeitada”, afirmou ele.
Continua depois da publicidade
Glauce Lima (PDT) faz parte da religião conhecida como RTY, sigla para culto tradicional Yourubá, uma religião africana milenar de devoção aos orixás. Ela também se diz ligada ao candomblé, que nasceu a partir de influências africanas e brasileiras.
“Podemos levar mais conhecimento às pessoas sobre a religião, acabando com mitos horríveis que nos deparamos no dia a dia nas próprias redes sociais”, disse ela, ao lembrar que muitos ainda associam o exu ao diabo.
Ela propõe colocar a discussão sobre as diferentes religiões em escolas, para diminuir a intolerância. “Não queremos ser tolerados, precisamos esclarecer para sermos respeitado”, completou.
Continua depois da publicidade
Outro nome é Quito Formiga (MDB), que teve uma cadeira na Câmara paulista entre 2016 e 2019, mas não conseguiu se reeleger.
Conhecido à época como “vereador da Umbanda”, Formiga é autor do projeto que criou o Conselho Municipal de Defesa e Promoção da Liberdade Religiosa.
“Temos lutado contra a intolerância religiosa, mas a luta não é para que nós sejamos tolerados, mas para que nós possamos ter o devido respeito”, disse ele, enquanto era parlamentar na Capital.
Continua depois da publicidade
Por sua vez, Mãe Su de Nãnã (PSOL) é mãe de santo e comanda o Templo de Caridade Caminhos da Luz.
Pelas redes sociais, ela também destaca a importância das diferenças na política paulista. “O rosto da política precisa de diversidade para contemplar todos os cidadãos”, afirmou.
Há pessoas de outras religiões que acreditam, por exemplo, que a figura de Exu é o diabo, mas a atuação da mãe de santo ajuda a dismistificar afirmações do tipo sobre a prática.
Continua depois da publicidade
Mãe Flor (PDT) atua no templo umbandista Instituto Oya Matamba e Pai Obaluae, na Mooca, zona leste da Capital, onde também pratica uma série de projetos culturais e sociais.
Segundo ela, é fundamental iniciar na cidade um trabalho contra a intolerância religiosa, para mostrar a importância de culturas diferentes e, sobretudo, do direito de expressão.
“A educação e conhecimento são grande armas que temos contra a violência e a discriminação”, afirmou.
Continua depois da publicidade
Mãe Telma (PCdoB) se classifica como "uma defensa da liberdade religiosa" pelas redes sociais.
Ela também anuncia jogos de búzios e de cartas, além de fazer consulta espiritual.
Este texto vai ser atualizado em caso de outros candidatos se manifestarem como serem integrantes de uma das duas religiões.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade