Senador de São Paulo come camarão com caipirinha na praia e pede reembolso ao Senado

O senador Giordano (MDB) recebeu do Senado Federal um reembolso de R$ 5,1 mil por uma viagem a Ubatuba, no litoral de São Paulo, entre 27 de dezembro de 2024 e 9 de janeiro deste ano. Os gastos são relacionados a quiosques, restaurantes, supermercado e combustível.

Entre os pedidos do parlamentar estão duas porções para quatro pessoas cada (totalizando oito, em teoria) de camarão na moranga, ao preço de R$ 468 cada. O pedido foi feito em 3 de janeiro, em um quiosque da Praia da Almada.

O mesmo quiosque vendeu ao senador lula à dorê, batatas fritas, água e refrigerante, em um total de R$ 1.189.

O senador também solicitou pratos sofisticados em outros restaurantes, pagos com dinheiro público, como cambucu de estrelas (R$ 313), acompanhado de palmito assado (R$ 70), além de sushis e peixes, como o abadejo. A conta inclui até caipirinhas de cachaça.

Houve ainda gastos com gasolina e até supermercado. No dia 28 de dezembro, uma nota fiscal registrou a compra de pão de forma, pão francês e iogurte, totalizando R$ 103. Já os abastecimentos somaram R$ 1,7 mil, distribuídos em cinco notas.

A informação foi publicada originalmente pelo portal Metrópoles e confirmada pela Gazeta.

Bebidas alcoólicas são proibidas

Por regra do Congresso Nacional, bebidas alcoólicas não podem ser custeadas com dinheiro público. 

A cota parlamentar cobre gastos com alimentação, mas o uso dos recursos deve ocorrer somente em atividades de natureza política, funcional ou de representação parlamentar, ressalvados os de caráter eleitoral.

À Gazeta, a equipe de Giordano informou que a atuação do senador “se destaca como uma das mais econômicas do Senado Federal”.

“Ao longo do seu mandato, o Senador Giordano figura como o Senador Paulista que menos utilizou cota de recursos parlamentares os últimos anos. Logo, reiteramos que todas a prestação de contas apresentadas estão perfeitamente de acordo com as normas impostas pelo Senado Federal”, completou a nota.

O emedebista era suplente de Major Olímpio, e assumiu o cargo após a morte do titular, em março de 2021.