Policiais civis de São Paulo pressionam Tarcísio e exaltam decisão de Lula

O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp) cobrou nesta segunda-feira (13/1) o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) para cumprir uma promessa de campanha e apresentar ainda em 2025 um plano de valorização dos agentes e de reestruturação dos salários da Polícia Civil.

Em nota, o Sindpesp exaltou o reajuste concedido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi feito parceladamente para a Polícia Federal e para a Polícia Rodoviária Federal, a contar de agosto de 2024 até maio de 2026.

No início deste ano,  salientou o sindicato, Lula ainda assinou uma Medida Provisória que equipara vencimentos dos policiais civis do Amapá aos da Polícia Federal, assegurando os mesmos direitos salariais, “muito superiores aos de São Paulo, por exemplo”.

Entenda

O Sindpesp afirmou que neste ano o orçamento paulista para a segurança pública será superior ao de 2024, um total de R$ 20,3 bilhões.

“Os recursos existem, e até aumentaram com relação ao ano passado, motivo pelo qual se espera que haja, agora, investimento real nos profissionais da segurança pública de São Paulo. Só assim, para aumentarmos a atratividade das carreiras e diminuirmos a constante evasão de servidores para outros concursos e iniciativa privada”, disse Jacqueline Valadares, presidente do Sindpesp.

O único reajuste concedido pela atual gestão para a categoria ocorreu em agosto de 2023.

Jacqueline afirmou que em 2023 foi prometido que haveria “correção da injustiça ocorrida com a preterição, por décadas, da Polícia Civil”.

“Só que não foi isso o que aconteceu. Na época, a instituição ainda recebeu uma recomposição inferior à da Polícia Militar”, ressaltou a presidente do sindicato.

Por fim, Jacqueline destacou que Tarcísio está entrando no terceiro ano de mandato, e, por isso, as alterações para as carreiras da Polícia Civil - como delegado, investigador, escrivão, perito, papiloscopista e agente - não podem mais ser deixadas para mais tarde.

“Considerando a existência de dinheiro em caixa, o momento é ideal para a aprovação de um reajuste escalonado para a instituição, para os próximos dois anos, não podendo ser mais postergado. Afinal, em 2026, em razão do pleito eleitoral, diversas limitações serão impostas à concessão de reajustes aos servidores”, completou.

O Sindpesp destaca há anos que os delegados de São Paulo recebem um dos piores salários para a categoria do Brasil, mesmo sendo o Estado mais rico do País. Ainda conforme o sindicato, o déficit de profissionais na categoria é de 34%.