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Política

Nunes e Boulos se atacam em debate dinâmico na Globo

Adversários destacaram temas como drogas, crime organizado, pandemia e insegurança na Praça da Sé; eleições vão ser neste domingo

Bruno Hoffmann

25/10/2024 às 23:01  atualizado em 26/10/2024 às 03:21

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Boulos e Nunes se enfrentam em debate da TV Globo, nesta sexta

Boulos e Nunes se enfrentam em debate da TV Globo, nesta sexta | Reprodução

Os candidatos Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) se atacaram mutuamente no último debate de segundo turno à Prefeitura de São Paulo, na TV Globo, na noite desta sexta-feira (25/10). As eleições serão no domingo (27/10).

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Os adversários puderam andar pelo palco e, no primeiro bloco, falar livremente por 10 minutos, administrando o tempo. O formato deu mais dinamismo ao encontro em relação a debates anteriores em outras emissoras.

No primeiro bloco, Boulos questionou o adversário algumas vezes se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) “fez tudo certo na pandemia” da Covid-19. O atual prefeito desconversou e disse que o seu aliado enviou as vacinas que a população tomou na Capital.

Praça da Sé

O parlamentar também questionou o emedebista se ele deixaria seus netos brincarem na Praça da Sé, em referência a uma afirmação de Nunes no debate da Record TV. O prefeito não respondeu.

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Por sua vez, Nunes disse que o oponente já deu declarações de que queria liberar a maconha e pedia o fim da Polícia Militar. O psolista negou as afirmações e disse apenas que não era a favor da prisão de usuários, apenas de traficantes.

Segundo bloco

Os oponentes tiveram que escolher temas no segundo bloco. Entre os assuntos escolhidos estiveram saúde e trabalho.

Boulos defendeu que vai fazer o Poupatempo da Saúde. Já Nunes disse que expandiu as unidades de UPAs (Unidade de Pronto Atendimento) pela cidade.

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Nunes pediu oito direito de respostas só no segundo bloco e conseguiu um, após o parlamentar ter dito que o mandatário pagou 40 vezes mais para armadilhas de mosquito contra a dengue de um amigo do emedebista.

Terceiro bloco

No terceiro bloco voltou o formato de tema livre, com administração de 10 minutos para cada candidato.

Boulos lembrou que o prefeito disse que ele não trabalha e que isso seria uma desvalorização da profissão de professor. "Isso lembra aquela piadinha: você trabalha ou só dá aula?", destacou.

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O psolista também desafiou Nunes a abrir o sigilo bancário e garantiu que faria o mesmo caso o prefeito topasse.

Nunes afirmou que abriria o sigilo por ordem de qualquer autoridade, mas não a pedido de Boulos. Ele também falou que o psolista teve 32 condenações por acusações contra adversários nesta campanha eleitoral.

Ele afirmou que Boulos já foi detido como coordenador do MTST (Movimento dos Trabalhadores sem Teto) e que teria depredado a Fiesp. O deputado confirmou que realmente foi detido, mas por defender famílias sem-teto e destacou que Nunes já deu tiros para cima na frente de uma boate em Embu das Artes, na Grande São Paulo.

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Nunes se justificou dizendo que tomou a atitude para separar uma briga que envolvia um amigo.

Crime organizado

Boulos afirmou que Nunes indicou Eduardo Olivatto, cunhado de Marcola, líder do PCC, para ser chefe de gabinete da Secretaria de Obras. O prefeito disse que se trata de um funcionário de carreira, que estaria desde 1988 na gestão municipal.

O psolista afirmou que Olivatto e Nunes têm apartamento em um mesmo condomínio no bairro da Cidade Dutra, na zona sul da Capital.

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Nunes disse que queria discutir a cidade e afirmou estar "estarrecido" com as afirmações de Boulos.

Último bloco

Nunes questionou a opinião do psolista sobre o programa habitacional Pode Entrar. O parlamentar afirmou que o projeto tem lados bons e que foi criado por Bruno Covas (PSDB), prefeito morto em 2021 de quem Nunes era vice.

O emedebista também destacou a Vila Reencontro, programa voltado para pessoas em situação de rua. Boulos respondeu: "Vocês acham que têm mais ou menos pessoas em situação na rua do que há 3 anos? É claro que tem mais".

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Boulos também prometeu resolver totalmente a questão dos moradores de rua.

Nas considerações finais, Nunes chamou Boulos de desordeiro e afirmou que propõe um "caminho seguro" para a cidade.

Boulos, por sua vez, disse que a população quer mudança e que os eleitores podem ficar tranquilos em votar nele. "O outro lado é deixar como está, ou piorar", completou.

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