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Política
Aliados de Boulos dizem que governador de São Paulo cometeu crime após afirmação em que associa Boulos ao PCC no dia das eleições
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Governador de São Paulo Tarcísio de Freitas | Francisco Cepeda/Governo do Estado
O presidente do diretório municipal do PT em São Paulo, Laércio Ribeiro, e do estadual, Kiko Celeguim, disseram que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) deveria ser preso após associar o candidato Guilherme Boulos (PSOL) ao crime organizado, na manhã deste domingo (27/10).
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Mais cedo, o governador paulista garantiu que havia sido interceptado um suposto “salve” do Primeiro Comando da Capital (PCC), maior organização criminosa do Estado, com orientação de voto no psolista.
“O governador Tarcísio, em uma tentativa desesperada de encobrir os vínculos evidentes de Ricardo Nunes com o PCC, cometeu abuso de poder ao afirmar que a organização criminosa apoia o candidato da oposição. Os fatos mostram o contrário: é Ricardo Nunes quem tem relações com o PCC”, afirmaram os dirigentes do PT, em nota conjunt.
Segundo Ribeiro e Celeguim, há um clima de virada em favor de Boulos em São Paulo, por isso Tarcísio teria tomado a atitude.
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“Ele deveria ser preso por usar a máquina pública para cometer mais esse crime eleitoral”, reiterou a nota.
Outros líderes petistas também se pronunciaram sobre o caso. Para o deputado federal Alencar Santana (PT-SP), Tarcísio "mostrou mais uma vez que não está à altura do cargo que exerce" e que o mandatário "deve responder por essa violação do processo eleitoral".
Boulos chamou de “criminosa” a afirmação de Tarcísio e o chamou de "cabo eleitoral" do prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição na Capital.
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“É criminosa a atitude do governador Tarcisio de Freitas de criar uma grave fake news em pleno domingo de eleições. Tarcísio é cabo eleitoral de Nunes, faz tal declaração ao lado do prefeito em claro gesto de campanha”, disso Boulos, em nota.
“Usa a máquina pública de maneira vergonhosa e irresponsável. Isso fere todos os preceitos democráticos. O governador Tarcísio responderá na Justiça por sua atitude criminosa”, completou o psolista.
A afirmação foi feita em um colégio do Morumbi, zona sudoeste de São Paulo, onde votou acompanhado do prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição. O atual prefeito está à frente do psolista segundo pesquisa Badra, divulgada com exclusividade pel Gazeta neste sábado (26/10).
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Ele fez a declaração após ser questionado sobre um suposto “salve” contra a candidata Rosana Valle (PL), que disputa o segundo turno em Santos contra o atual prefeito Rogério Santos (Republicanos).
“Isso aconteceu em São Paulo também, disseram que era para votar no outro [Boulos]”, disse Tarcísio.
“Teve o salve. Houve interceptação de conversas e de orientações. Uma facção criminosa orientando moradores de determinadas áreas a votarem em determinados candidatos. Com o serviço de inteligência, houve essa interceptação”, afirmou ainda.
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O governador, porém, não apresentou qualquer prova nem deu mais detalhes sobre a declaração.
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