Líder do PSDB de SP promete protesto contra Datena durante convenção

O ex-presidente municipal do PSDB de São Paulo, Fernando Alfredo, prometeu levar centenas de pessoas e fazer um protesto em frente à convenção do partido neste sábado (26/7). Ele é contra o apresentador José Luiz Datena ser candidato à prefeitura da Capital pela sigla.

O tucano também pretende ir à Justiça contra a decisão do colegiado nacional da federação PSDB-Cidadania que oficializou, nesta sexta-feira (27/7), o jornalista da Band como candidato.

O que Fernando Alfredo argumenta

“O que a executiva nacional fez hoje é ilegal e um ato de desespero mediante toda a nossa mobilização em São Paulo, principalmente pela inscrição da minha pré-candidatura. Eles estão com medo de perder no voto”, disse Alfredo à reportagem da Gazeta.

"Vale lembrar que a legislação eleitoral e o estatuto do PSDB-Cidadania são muito claros que o órgão homologatório de candidatura é a convenção, não é a executiva de federação, como eles tentaram fazer hoje”, afirmou ainda.

Segundo ele, a decisão desta sexta-feira do diretório nacional “é uma cortina de fumaça” para que evitasse que o grupo anti-Datena fosse à convenção, mas afirmou que a atitude deu mais força ainda à ala do PSDB que pretende que o partido apoie a reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Aliado de Nunes, Alfredo pretendia se lançar como candidato à indicação do partido neste sábado, durante a convenção, como forma de protesto.

Quem apoia Datena

Na cerimônia de apresentação da pré-candidatura de Datena, em junho, estiveram presentes o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, o ex-presidenciável Aécio Neves e o presidente do diretório municipal da legenda, José Aníbal.

Além deles, marcaram presença o ex-vereador Mario Covas Neto, o prefeito de Santo André, Paulo Serra, o ex-deputado federal Ricardo Tripoli e o professor Marco Antonio Villa, representando o Cidadania.

Saída de Alfredo da direção do PSDB

Alfredo foi afastado da direção do diretório municipal tucano no fim do ano passado, por decisão do governador gaúcho Eduardo Leite, na época em que era presidente nacional do partido. O ex-senador José Aníbal passou a ocupar o cargo na Capital.