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Política
Camilo Cristófaro foi o primeiro vereador da história do País a ter o mandato cassado por declarações racistas
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Camilo Cristófaro teve o mandato cassado por fala racista | André Bueno/Rede Câmara
A Justiça Eleitoral de São Paulo (TJSP) negou o registro da candidatura do ex-vereador Camilo Cristófaro (Podemos), que pretendia retornar à Câmara de São Paulo pelas eleições deste ano.
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O político foi o primeiro vereador da história do País a ter o mandato cassado por declarações racistas.
Com a decisão da Câmara, Cristófaro ficou inelegível por oito anos.
Em maio de 2022, durante sessão na Câmara Municipal, Cristófaro disse que “não lavar a calçada é coisa de preto”.
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“Eles arrumaram e não lavaram a calçada. É coisa de preto, né?”, afirmou o então parlamentar.
À época, primeiro o vereador negou, mas depois admitiu o ato racista e disse precisar “passar por uma desconstrução desses preconceitos”.
Em setembro de 2023 o seu mandato acabou cassado pela Câmara. Dos 55 vereadores, 47 foram favoráveis à punição, e ninguém votou pela absolvição. Foram registradas 5 abstenções e uma ausência.
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O próprio Cristófaro e Luana Alves (PSOL), que denunciou o vereador à Corregedoria e à polícia, não votaram.
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) confirmou a absolvição em primeira instância do ex-vereador Camilo Cristófaro (Podemos) da acusação de racismo. A decisão foi publicada em agosto deste ano.
“A verdade sempre prevalece”, afirmou Cristófaro, ao lado dos advogados, ao anunciar sua absolvição pelas redes sociais.
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Cristófaro já foi acusado de dizer ao colega George Hato (MDB) que ia “dar um cacete nesse japonês” e chamar Isa Penna (hoje no PcdoB, então no PSOL) de “vagabunda”. Uma gestora pública também afirmou ter recebido o mesmo xingamento do político.
A cassação de um vereador foi a primeira por racismo no País, segundo a Casa.
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