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Política

Justiça cassa candidatura do atual prefeito de Campinas

Juiz eleitoral cassa candidatura de Dário Saadi e deixa prefeito inelegível por 8 anos; ele chama decisão de 'absurda'

Bruno Hoffmann

19/09/2024 às 18:56  atualizado em 19/09/2024 às 20:37

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Dário Saadi garantiu que vai recorrer da decisão judicial

Dário Saadi garantiu que vai recorrer da decisão judicial | Reprodução

A Justiça eleitoral cassou o registro da candidatura do prefeito Dário Saadi (Republicanos), que busca a reeleição em Campinas, a maior cidade do interior de São Paulo. Segundo a decisão judicial, houve abuso de poder político por parte do mandatário durante a campanha eleitoral.

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Com isso, ao menos por enquanto, Saadi não pode disputar o cargo novamente e ficará inelegível pelo período de oito anos.

O prefeito (que havia sido eleito em 2020 no primeiro turno) disse que vai recorrer e que considera a decisão em primeira instância “um absurdo”.

Entenda

Conforme a decisão do juiz Paulo César Batista dos Santos, da 275ª Zona Eleitoral, Saadi utilizou bens públicos e gravou vídeos de campanha em locais restritos, como unidades de saúde, onde só tem acesso devido ao cargo que ocupa,. Com isso, provocou desequilíbrio do pleito.

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A Justiça tomou a decisão após ação dos partidos que apoiam o candidato Pedro Tourinho (PT) na cidade.

Segundo o processo, os espaços utilizados indevidamente por Saadi para a gravação de programas eleitorais foram uma creche municipal, um consultório odontológico municipal, o Hospital Ouro Verde e a UPA Padre Anchieta.

Um dos vídeos gravados por Saadi que provocaram a decisão está um feito na UPA, em 15 de agosto deste ano. “O representado [Saddi] teve acesso franqueado por seguranças e profissionais de saúde, em razão, exclusivamente, do cargo que ocupa”, argumentou o juiz eleitoral.

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O magistrado também exigiu a remoção de todas as propagandas eleitorais que utilizam as imagens dos locais públicos que constam no processo.

O que disse o prefeito

À reportagem da Gazeta, Saadi classificou a decisão como “absurda” e disse que vai recorrer.

Ele ainda criticou o fato poder ficar inelegível por oito anos por causa "só de três postagens na internet", que “em nada interfere na campanha”.

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“A campanha de Dário Saadi recebe a decisão com indignação e lamenta que o PT apele à Justiça para tentar contrariar a vontade amplamente majoritária dos campineiros”, disse, em nota, a assessoria do prefeito.

Leia, na íntegra, a nota de Saadi:

“A decisão da primeira instância da Justiça de aceitar um pedido do PT para barrar a candidatura de Dário Saadi por causa da publicação de três posts na internet, em nada interfere na campanha de Dário. A própria lei eleitoral garante a manutenção regular da campanha, ao suspender qualquer efeito da decisão, enquanto não se esgotarem todos os recursos.

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A campanha de Dário Saadi recebe a decisão com indignação e lamenta que o PT apele à Justiça para tentar contrariar a vontade amplamente majoritária dos campineiros.

O roteiro da oposição é o mesmo de quatro anos atrás. Em 2020, tentaram barrar Dário na Justiça porque ele havia feito um atendimento, como médico, de graça. Mas a decisão final foi clara: Dário sempre foi correto e não cometeu nenhum crime eleitoral e muito menos qualquer abuso. Agora, a história se repete. O PT tenta tumultuar a eleição em Campinas. É mais uma desesperada tentativa de segurar o crescimento de Dário, um dia depois da pesquisa que mostrou que o povo de Campinas quer Dário reeleito no primeiro turno.

Dário está novamente sendo vítima de um abuso da disputa eleitoral. E, por isso, confia na isenção da Justiça para comprovar a legalidade das suas ações. A tentativa do PT de mudar o rumo da eleição em Campinas será barrada pelo voto dos campineiros, que irão confirmar o nome de Dário Saadi, no dia 6 de outubro”.

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