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Política
Instituto fez estudo em produtos comuns na mesa dos brasileiros, e encontrou resíduos de agrotóxicos em metade dos itens analisados
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Instituto encontrou agrotóxitoco em hambúrgueres vegetarianos | Daniel Reche/Pexels
Um estudo do Idec (Instituto de Defesa de Consumidores) feito no ano passado analisou 24 alimentos ultraprocessados, e encontrou resíduos agrotóxicos em metade das amostras. Entre os itens reprovados estavam bolacha de maisena, macarrão e até hambúrguer vegetariano.
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Esse é a terceira edição do levantamento "Tem Veneno Nesse Pacote" feito pelo instituto, que há anos encampa campanhas contra a presença de agrotóxicos na mesa dos brasileiros.
O Idec analisou 24 ultraprocessados de oito categorias, de macarrão instantâneo a hambúrguer e empanado de origem vegetal. O alvo foram os três produtos mais vendidos do mercado.
Os testes foram realizados por um laboratório certificado pelo Inmetro, utilizado pela Anvisa em testes de resíduos de agrotóxicos. O modelo escolhido é um dos mais abrangentes, com capacidade de detectar resíduos de até 563 agrotóxicos diferentes.
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Doze dos 24 produtos analisados apresentaram resíduos de agrotóxico. . Os ultraprocessados com mais traços de agrotóxicos, com quatro tipos diferentes em cada amostra, foram:
Foram encontrados resíduos de três agrotóxicos diferentes nos produtos:
Foram encontrados resquícios de dois agrotóxicos no produto:
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Também foi identificada a presença de um tipo de agrotóxico nos seguintes produtos:
O glifosato foi o agrotóxico que mais apareceu nos testes, em sete das 24 amostras. Apenas a categoria de sobremesa petit-suisse sabor morango não apresentou resíduos de agrotóxicos em nenhuma das amostras analisadas.
Segundo a coordenadora do Programa de Alimentação Saudável e Sustentável do Idec, Laís Amaral, a indústria vende os produtos “à base de plantas” como uma alternativa à carne, mas se trata de uma variação dos ultraprocessados de sempre, e ainda utilizando matérias-primas produzidas com o uso de agrotóxicos.
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"[Os ultraprocessados] São produtos com excesso de nutrientes críticos, relacionados ao desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes, doenças do coração e hipertensão, além da presença de aditivos alimentares”, alertou a especialista.
“E também temos consistentemente encontrado traços de contaminação com agrotóxicos nesses produtos, ou seja, são venenos tão potentes que continuam ali mesmo depois dos processos de produção nas indústrias", completou ela.
Já Leonardo Pillon, advogado do Programa de Alimentação Saudável e Sustentável do Idec, disse que "quem pagará o preço é a própria população", principalmente a mais empobrecida e vulnerável, por ser mais atingida em eventos climáticos extremo e cada vez mais exposta a uma carga maior de agrotóxicos.
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