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Engenheiro Daniel: 'Não podemos mais brincar com o eleitor de Taboão da Serra falando de Metrô'

Pré-candidato à Prefeitura de Taboão da Serra fala de Metrô, municipalização da Régis, experiência em Embu das Artes e analisa atual gestão do prefeito Aprígio

Bruno Hoffmann

03/05/2024 às 17:02  atualizado em 18/07/2024 às 17:26

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Engenheiro Daniel, pré-candidato em Taboão da Serra, durante entrevista à Gazeta

Engenheiro Daniel, pré-candidato em Taboão da Serra, durante entrevista à Gazeta | Thiago Neme/Gazeta de S.Paulo

Após bater na trave em 2020, Engenheiro Daniel (União Brasil) está confiante que desta vez vai conseguir chegar à Prefeitura de Taboão da Serra, na região metropolitana de São Paulo. Para isso, ele conta principalmente com a atuação que teve na Secretaria de Obras da cidade vizinha de Embu das Artes nos últimos anos, e com a boa relação com o prefeito de Embu, Ney Santos, um dos mais bem avaliados da região.

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Em entrevista ao podcast De Olho No Poder, da Gazeta, o pré-candidato revelou aos jornalistas Matheus Herbert e Bruno Hoffmann por que pretende buscar o cargo mais importante da cidade, analisou a atuação do atual prefeito, Aprígio, e exaltou o fato de contar com o apoio de partidos como PP, PRTB, Republicanos, MDB, Solidariedade e Agir.

Ele também disse não confiar que uma estação do Metrô chegue antes de 2030 ao município. “Não podemos mais brincar com o eleitor de Taboão da Serra falando de Metrô”.

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O que motiva o sr. a buscar a Prefeitura de Taboão da Serra mais uma vez?

Até 2017 eu publicava no setor privado, quando passei a integrar o público [como secretário do então prefeito Fernando Fernandes]. Vi como o poder público pode transformar a vida das pessoas, causar impacto na vida do próximo. Isso chamou muito a atenção para mim. Eu já tinha um trabalho social na cidade, mas na verdade aquilo era enxugar gelo. Percebi que se realmente queria impactar a vida teria que ser pelo segmento público. Me encantei por isso, e pode ter certeza que daqui para frente sempre que tiver uma eleição estarei colocando meu nome.

Engenheiro Daniel'Realmente conseguimos unir o maior grupo político da cidade/Thiago Neme/Gazeta de S. Paulo

Nas últimas eleições o segundo chegou ao segundo turno, e perdeu por poucos votos para o atual prefeito, Aprígio. O que faltou para vencer?

Foram dois fatores importantes. O primeiro é que era a minha primeira eleição, nunca tinha disputado uma eleição nem para vereador. Apesar de morar em Taboão desde os 3 anos de idade, eu ainda não era tão conhecido pelo eleitor. E eu também era o candidato da máquina, do governo, e Taboão da Serra nunca fez sucessão. O antigo prefeito, de quem eu fazia parte do governo, já vinha de vários mandatos. Então isso provoca um desgaste natural.

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O sr. conseguiu de vários partidos neste ano. Como foi essa costura, já que nunca teve nenhum cargo eleitoral?

Realmente conseguimos unir o maior grupo político da cidade. Mesmo fora do governo, faço meu trabalho, sem criticar o trabalho de ninguém. A costura para juntar sete partidos foi com muita conversa, muito trabalho, mostrando o nosso projeto. Essa aliança se deu justamente por entenderem que o projeto de fato é uma realidade. É um momento de mudança e de renovação na cidade, e os partidos entenderam isso. Eles vieram, então, compor o projeto conosco.

Seis vereadores da base do atual governo passaram a apoiar o seu projeto. A que se dá isso?

Se a gente analisar a última eleição explica um pouquinho o movimento que está acontecendo agora. Desses seis vereadores que saíram da base de governo cinco disputaram as eleições comigo em 2020, foram eleitos dentro da nossa coligação.

Naquele momento eles entendiam que o nosso projeto era o melhor para a cidade, e é muito natural quando um projeto não ganha, eles precisam compor a base do governo para dar sequência ao trabalho. Eles foram eleito população, e a população vai cobrar um resultado. Então eles precisam estar junto com o governo. Mas eles continuaram acreditando que o meu projeto é o melhor para a cidade.

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Engenheiro Daniel pré candidato a prefeitura de Taboão da Serra 'A primeira falha dele [Aprígio, sobre municipalização da Régis] foi não comunicar os próprios moradores /Thiago Neme/Gazeta de S. Paulo

A gestão Aprígio anunciou recentemente a municipalização da rodovia Régis Bittencourt, porém há críticas da oposição em relação à ação. Qual a opinião do sr.?

A primeira falha dele foi não comunicar os próprios moradores de Taboão da Serra. Não foi feita uma audiência pública, não foi consultado a população. Ele fez da cabeça dele, sem aprovar nenhum projeto, sem ter uma discussão com algum especialista. Até hoje a municipalização da Régis é uma incógnita para a cidade.

Muitos falam que vão ter 12 faróis de cada lado; outros falam que vão ter menos. Enfim, hoje está uma bagunça na cabeça da população. Esse foi o primeiro erro da atual gestão.

Quais foram os outros?

Com certeza ele deveria discutir com outras cidades da região [pelas quais a Régis Bittencourt passa]. Hoje, esse trecho da Régis de Taboão é uma ligação. Não só de moradores de Itapecerica, São Lourenço, Juquitiba, mas liga com todo o Sul do País. O que ele está fazendo, no meu ponto de vista, é uma irresponsabilidade muito grande.

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Qual a sua avaliação geral da gestão Aprígio?

Aprígio gerou uma expectativa muito grande nos moradores da cidade. Ele é um empresário que deu muito certo dentro de Taboão. Mas hoje toda a cidade entende que realmente ele é um bom empresário, mas na gestão pública não conseguiu virar essa chave. Ele tem a dificuldade de fazer a gestão pública, que é totalmente diferente a gestão privada. O grupo técnico que ele montou se perdeu, e infelizmente foi um fracasso.

Qual a expectativa da chegada do Metrô a Taboão? O Metrô é uma responsabilidade do Governo de São Paulo, mas há formas de a prefeitura pressionar pela obra, não?

Quero aproveitar a oportunidade do bom relacionamento que a gente tem hoje com o Republicanos e com o governador Tarcísio [de Freitas, do Republicanos] para me aproximar o máximo possível e tornar isso uma realidade. Não podemos mais brincar com o eleitor de Taboão da Serra falando de Metrô. É uma responsabilidade do governo do Estado.

Da forma que a obra do Metrô está hoje, pelo conhecimento que eu tenho de infraestrutura, esse Metrô não chega em Taboão da Serra em menos de 8 anos.

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Engenheiro Daniel pré candidato a prefeitura de Taboão da Serra Até o Metrô chegar em Taboão serão no mínimo, no mínimo, 8 anos/Thiago Neme/Gazeta de S. Paulo

Por quê?

Ele está parado na Vila Sônia. Antes de chegar a Taboão da Serra vai ter uma nova estação, a do Jockey. Até chegar em Taboão da Serra será no mínimo, no mínimo, 8 anos. O prefeito Aprígio fez um vídeo uns meses atrás falando que tinha iniciado a obra. Mas ele tem um grande conhecimento e sabe que não iniciou a obra.

Sabe que o que está sendo feito ali é uma sondagem, uma análise do solo para iniciar o projeto executivo. Não tem nada de obra. Até sair o projeto executivo do Metrô tenha certeza de que ele não será mais o prefeito de Taboão da Serra.

Após perder as eleições de 2020, o sr. se aproximou do prefeito Ney Santos, de Embu das Artes, e chegou a ser secretário de Obras do município. Como foi essa experiência?

Ao finalizar as eleições comecei a procurar alguns caminhos nos quais entendia serem bons para mim tanto profissionalmente quanto politicamente. E a melhor oportunidade que tive dentro do cenário político foi justamente estar na cidade vizinha mais próxima, Embu das Artes, para desenvolver um trabalho que as pessoas também de Taboão da Serra pudessem enxergar e entender melhor da nossa capacidade.

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Assumi uma secretaria totalmente técnica, tenho formação profissional para isso como engenheiro civil, e foi uma experiência muito boa. O Ney é um prefeito jovem, e sempre tentou deixar a marca dele em Embu das Artes. Tanto que hoje as pesquisas mostram que se tivesse a possibilidade de ter um terceiro mandato o Ney nem teria adversário na cidade, de tanto que a população aprova o trabalho dele.

Embu nos últimos sete anos passou por uma transformação muito grande, tanto que hoje há quem diga que a cidade está mais desenvolvida do que Taboão.

O Brasil continua muito polarizado politicamente. A questão da disputa entre Bolsonaro e Lula influencia as eleições em uma cidade que não é capital?

Eu estava no Republicanos e trabalhei muito para que Bolsonaro fosse presidente do nosso país. Hoje o presidente é o Lula, e torço para que dê certo, que ele faça o melhor mandato que ele já fez na vida dele.

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Quando desejo o mal do presidente do nosso país estou desejando o mal para a população que vive no nosso país. Em política temos que olhar para a frente. Eu tinha convicção que Bolsonaro era o melhor para o nosso país. Infelizmente, a maioria não entendeu dessa forma e apoiou o Lula.

Agora, a gente torce para dar certo. Só que não vou levantar bandeira do Bolsonaro e nem do Lula. Vou levantar a bandeira das necessidades de Taboão da Serra. Vejo que Taboão da Serra tem necessidades tanto de esquerda quanto de direita, e a gente precisa sair um pouco dessa bolha, porque isso só vai atrapalhar e prejudicar. As eleições já passaram.

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