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Política
Novos presidentes da Câmara e do Senado serão escolhidos em fevereiro, o que vai mudar a relação com Lula; projetos polêmicos também devem agitar as Casas
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Congresso Nacional, em Brasília, sofrerá mudanças durante o ano | Pedro Ladeira/Folhapress
O Congresso Nacional deverá ter um ano agitado em 2025, com eleições para a presidência da Câmara dos Deputados e do Senado Federal já em fevereiro.
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As mudanças também serão sentidas nas novas lideranças e blocos parlamentares que vão influenciar diretamente a política do País.
Além disso, as Casas terão que analisar projetos controversos, como o Fim da Escala 6 por 1, o Plano Nacional de Educação, o PL da Anistia e a Legalização do Cassino e dos Jogos de Azar.
A expectativa é que os próximos meses representem um aumento de tensão entre o governo Lula e partidos aliados voltados à direita, como o União Brasil, o Republicanos e o PP.
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As eleições para a nova Mesa Diretora da Câmara estão marcadas para 1º de fevereiro, e deverão consagrar Hugo Motta (Republicanos-PB) como comandante da Casa.
Trata-se, em princípio, de uma boa notícia para Lula, que colecionou embates tensos com o atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que tem um perfil centralizador e de pressão constante sobre o governo federal.
Segundo um relatório publicado pelo Ranking dos Políticos que analisa a vida política no Congresso, a Câmara vai vivenciar uma mudança clara de estilo de liderança.
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“Enquanto Lira consolidou sua imagem como um líder combativo e centralizador, Motta chega com um perfil mais conciliador e aberto ao diálogo - características que prometem redefinir a dinâmica entre o Legislativo e o Executivo”, afirmou o relatório.
Motta, porém, já entrou em embate também com o governo, e não aceitou convite do presidente para relembrar os dois anos dos atos de vandalismo da Praça dos Três Poderes, no último dia 8.
O parlamentar tem 35 anos e está no quarto mandato consecutivo. Ele foi eleito deputado federal pela primeira vez em 2010, com apenas 21 anos.
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Em 1º de fevereiro também haverá as eleições para o comando do Senado, que deve representar a volta de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) no lugar de Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Nesse caso, a novidade é pior para Lula, já que Pacheco é considerado um aliado de fato do governo. Alcolumbre, por sua vez, é tido por auxiliares do presidente como alguém mais duro para negociar.
“Alcolumbre é visto como um negociador mais independente e menos alinhado à agenda governista, o que deve dificultar a articulação política do Executivo”, analisou o Ranking dos Políticos.
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Por isso, o governo já iniciou um trabalho para se mostrar cordial com Alcolumbre. O Planalto, por exemplo, consultou o senador sobre o preenchimento de 17 vagas em diretorias de agências reguladoras antes de enviar os nomes para serem sabatinados pelo Senado, em dezembro passado.
A expectativa do Ranking dos Políticos é que com a escolha de novos líderes partidários no Congresso, siglas da base de Lula como União Brasil, Republicanos e PP devem ter uma postura mais crítica e de oposição a pautas do Planalto.
No União Brasil, a possível substituição de Elmar Nascimento (BA) por Mendonça Filho (PE) ou Pedro Lucas Fernandes (MA) sinaliza uma inclinação para perfis menos alinhados ao governo.
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O Republicanos também se distancia de Lula com a possível saída de Gilberto Abramo (MG), aliado do governador mineiro Romeu Zema (Novo), para a liderança.
No PP, a recondução de Doutor Luizinho (RJ) mantém o partido em um tom crítico.
Já o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, deve intensificar sua oposição com a substituição de Altineu Côrtes (RJ) por Sóstenes Cavalcante (RJ).
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No Senado, por sua vez, a configuração das lideranças não trará grandes mudanças.
O Congresso deve analisar uma série de projetos que podem intensificar o debate público e a polarização em 2025.
Veja os principais:
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