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Segundo a Câmara, a proposta é levar setores da Câmara, como o Plenário, as Comissões e a Biblioteca, para diferentes regiões da cidade | Lucas Bassi/Rede Câmara SP
Moradores da zona leste da capital paulista foram os primeiros a participar de um novo projeto da Câmara de São Paulo.
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O Legislativo lançou no último sábado (29/3) o projeto Câmara na Rua, iniciativa que busca aproximar a população das políticas públicas da cidade. O primeiro evento acontece no CEU São Miguel, no Jardim São Vicente.
Segundo a Câmara, a proposta é levar setores da Câmara, como o Plenário, as Comissões e a Biblioteca, para diferentes regiões da cidade, promovendo encontros mensais nos Centros Educacionais Unificados (CEUs).
Durante o evento, os moradores tiveram a possibilidade de conhecer o funcionamento da Câmara, esclarecer dúvidas e apresentar sugestões diretamente aos vereadores.
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No anfiteatro, após uma apresentação de alunos do projeto Taekwondo no CEU, o presidente da Câmara, vereador Ricardo Teixeira (UNIÃO), deu início à Tribuna Popular agradecendo. “Quero agradecer à imprensa que me ajudou a divulgar esse projeto e vocês aqui demonstram o anseio da população de que precisamos estar perto, ouvir mais vocês. A população lotou o CEU”, comentou.
A área da Subprefeitura de São Miguel Paulista tem aproximadamente 344.609 moradores (IBGE-2022) e é composta pelos distritos de São Miguel Paulista, Vila Jacuí e Jardim Helena.
Os mais de 30 moradores que se inscreveram para apresentar demandas de São Miguel Paulista e região relataram problemas de enchentes, infraestrutura, mobilidade urbana, desapropriação, saúde e educação.
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Antônio Carlos Santana, morador de Vila Curuçá, pediu a revisão do Plano Diretor Estratégico em função de haver muitos apartamentos sem estacionamento e sem recuo para Uber e peruas escolares. “Está um caos no trânsito, o nosso corredor da Avenida Nordestina tem uma linha de ônibus que demora uma hora de São Miguel até Guaianases”, expôs.
Roberto Henrique Nascimento reclamou da escassez de recursos destinados às OSCs (Organizações da Sociedade Civil) da educação infantil. “Quando fizerem o orçamento aumentem os recursos para a educação infantil, para melhorar a alimentação, trazer mais qualidade no atendimento e ter mais esporte na periferia, precisamos salvar nossas crianças”, pontuou.
A moradora do Jardim Lapena, Marileide de Resende, pediu por fiscalização nas obras do bairro. “Há obras deterioradas e lentidão para concluir a nossa nova UBS que está quase no final, mas a obra está demorando demais e estão fazendo um piscinão, que precisamos muito porque sofremos com as enchentes”, ressaltou.
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O professor Wilson Alves destacou que a UBS do Parque Paulistano é feita de “latinha”. “Não tem cabimento uma cidade rica como São Paulo ainda ter unidade de saúde de latinha”, disse. Adilson Douglas, que mora na Vila Progresso, afirmou que foi montado um circo em 2020 na Avenida Nordestina, perto do supermercado Assaí, na época da pandemia, que virou um ponto de droga e roubos de celulares e pede a remoção dessa estrutura.
A moradora do Jardim Lapena, Larissa Santos, se pronunciou representando mais de 100 famílias que estão sob o risco de serem desapropriadas de um terreno conhecido como Viela D’Alva – Curral. “Já tem um mandado de reintegração de posse, muitas das famílias são chefiadas por mães solo, arrimo da família lutando por moradia. Há um débito milionário de IPTU do terreno e para negociarmos precisamos quitar, para não irmos debaixo da ponte com nossos filhos”, explicou.
Adelson Aparecido Santos reclamou de demandas não atendidas no hospital Tide Setúbal. “Existe uma reforma a ser feita, que ninguém nos presta contas a não ser o diretor da unidade. Há um recurso do BID que está congelado e ninguém fala nada e o povo sem conseguir atendimento. Temos também uma proposta de construção geral para desafogar a saúde, mas não somos atendidos nisso. A fila de espera é grande, tem pessoas esperando há anos por uma cirurgia eletiva”, descreveu.
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Todas as reclamações foram acolhidas pelos vereadores.
Em contato à Gazeta, a assessoria de imprensa da Câmara Municipal de São Paulo disse que a próxima edição será realizada no dia 26 de abril no CEU Parelheiros.
Com a realização do Câmara na Rua, a expectativa é ampliar o diálogo entre a população e os representantes políticos, incentivando a participação cidadã e a transparência no processo legislativo.
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