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Política

Boulos pede inelegibilidade de Nunes e Tarcísio; prefeito não se pronuncia

Candidato do PSOL diz que fala do governador o associando ao PCC 'trata-se de gravíssima tentativa de influenciar no resultado do pleito de uma forma jamais vista'

Bruno Hoffmann

27/10/2024 às 16:42  atualizado em 27/10/2024 às 16:53

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O candidato Guilherme Boulos buscou a Justiça Eleitoral contra Nunes e Tarcísio

O candidato Guilherme Boulos buscou a Justiça Eleitoral contra Nunes e Tarcísio | Ettore Chiereguini/Gazeta de S.Paulo

O candidato Guilherme Boulos (PSOL), que disputa o segundo turno à Prefeitura de São Paulo, entrou com uma ação na Justiça Eleitoral contra o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB) por abuso de poder político e divulgação de informação falsa. A campanha psolista pede na ação a inelegibilidade de Nunes e Tarcísio.

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"Trata-se de gravíssima tentativa de influenciar no resultado do pleito, no dia da eleição, de uma forma jamais vista no estado de São Paulo", diz a ação.

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) nega ter recebido qualquer tipo de relatório sobre um suposto “salve” do PCC com uma orientação de voto em Boulos.

Procurada pela reportagem da Gazeta, a campanha do prefeito afirmou que não vai se pronunciar por enquanto.

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Entenda

Mais cedo, ainda neste domingo, data das eleições de segundo turno em São Paulo, o governador paulista garantiu que havia sido interceptado um suposto “salve” do PCC, maior organização criminosa do Estado, com orientação de voto no psolista.

A afirmação foi feita em um colégio do Morumbi, zona sudoeste de São Paulo, onde votou acompanhado de Nunes. O atual prefeito está à frente do psolista segundo pesquisa Badra, divulgada com exclusividade pela Gazeta neste sábado (26/10).

Ele fez a declaração após ser questionado sobre um suposto “salve” contra a candidata Rosana Valle (PL), que disputa o segundo turno em Santos contra o atual prefeito Rogério Santos (Republicanos).

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“Isso aconteceu em São Paulo também, disseram que era para votar no outro [Boulos]”, disse Tarcísio.

“Teve o salve. Houve interceptação de conversas e de orientações. Uma facção criminosa orientando moradores de determinadas áreas a votarem em determinados candidatos. Com o serviço de inteligência, houve essa interceptação”, afirmou ainda.

O governador, porém, não apresentou qualquer prova nem deu mais detalhes sobre a declaração.

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Petistas falam em prisão

O presidente do diretório municipal do PT em São Paulo, Laércio Ribeiro, e do estadual, Kiko Celeguim, disseram que o governador everia ser preso após associar Boulos ao crime organizado.

“O governador Tarcísio, em uma tentativa desesperada de encobrir os vínculos evidentes de Ricardo Nunes com o PCC, cometeu abuso de poder ao afirmar que a organização criminosa apoia o candidato da oposição. Os fatos mostram o contrário: é Ricardo Nunes quem tem relações com o PCC”, afirmaram os dirigentes do PT, em nota conjunt.

Segundo Ribeiro e Celeguim, há um clima de virada em favor de Boulos em São Paulo, por isso Tarcísio teria tomado a atitude.

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“Ele deveria ser preso por usar a máquina pública para cometer mais esse crime eleitoral”, reiterou a nota.

Outros líderes petistas também se pronunciaram sobre o caso. Para o deputado federal Alencar Santana (PT-SP), Tarcísio "mostrou mais uma vez que não está à altura do cargo que exerce" e que o mandatário "deve responder por essa violação do processo eleitoral".

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